“Se tudo correr como planeado, estamos a revolucionar a forma como isto é feito”, descreveu Arturo Bonilla, o cirurgião que liderou a equipa durante a reconstrução e implantação da orelha feita numa impressora 3D. A equipa faz parte da 3DBio Therapeutics, uma empresa especializada em medicina regenerativa, e conseguiu implantar com sucesso uma orelha feita numa impressora 3D com as células da própria paciente, uma mulher que tinha uma deformidade rara na orelha.
Nos EUA, cerca de 1500 bebés nascem todos os anos com microcia, uma doença em que uma ou as duas orelhas estão em falta ou em subdesenvolvimento. A empresa está a conduzir um teste clínico com 11 participantes para avaliar a possibilidade de se usar a orelha AuriNovo, um implante feito com tecido personalizado, para curar esta condição, explica o The Verge.
Os métodos atuais recorrem a enxertos feitos com materiais sintéticos e esta abordagem pretende usar a cartilagem ou células da orelha existente para criar a nova prótese. O método permite, em teoria, reduzir as probabilidades de o implante ser rejeitado.
Uma vez que a orelha acaba por ser um órgão mais simples e não vital, é possível que os avanços neste campo se registem a um ritmo mais lento.