Uma equipa do Laboratório de Dispositivos Fotónicos Aplicados (LAPD no acrónimo em inglês) da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, anuncia ter desenvolvido uma das impressoras 3D mais rápidas do mundo. O feito foi conseguido ao substituir a manufatura aditiva (impressão camada a camada), comum neste tipo de aparelhos, por um novo método volumétrico.
Christopher Moser, professor no LAPD, explica que “vertemos resina para um contentor e rodamo-lo. Depois, fazemos incidir luz no contentor, sob diferentes ângulos, fazendo a resina solidificar onde a energia acumulada exceda determinados valores. É um método bastante preciso e pode produzir objetos com a mesma resolução do que as técnicas de impressão 3D atuais”, cita a publicação Interesting Engineering. Numa prova de conceito, os investigadores criaram um pequeno Yoda em 20 segundos, algo que demoraria 10 minutos numa impressora 3D convencional.
Um dos segredos para criar objetos com esta velocidade está no material usado na impressora e que interage com a luz, solidificando uma resina. O método apenas funciona se a luz passar pela resina numa linha direita, sem ser desviada. Há um desafio adicional relacionado com a forma como a luz se propaga, que não é uniforme, pela resina, o que torna difícil concentrar energia suficiente para a solidificação.
A equipa quis usar resina opaca, o que aumentou o grau de dificuldade. Para conseguir manter a resolução dos objetos criados, os investigadores recorrem a cálculos computadorizados para compensar a distorção dos raios de luz e programaram a impressora para corrigir automaticamente os raios durante a criação. O resultado final acaba por ser um objeto com resolução igual, mas produzido a uma velocidade superior.
Os próximos passos envolvem a impressão de vários materiais de uma só vez e aumentar a resolução de um décimo de milímetro para um micrómetro.
Leia o estudo completo publicado na revista Advanced Materials aqui.