Estudantes da Universidade Makerere, no Uganda, desenvolveram uma app e um dispositivo batizado de Matiscope que permite diagnosticar uma infeção de malária ainda no período inicial, quando os sintomas não são notórios.
O dispositivo, que foi apresentado hoje na Final do Imagine Cup, tem por base um emissor de luz vermelha que permite recolher uma amostra da dispersão do sangue. Em vez dos custos e do tempo exigidos para uma análise ao sangue, o dispositivo desenvolvido pela equipa que está a representar o Uganda no Imagine Cup apenas exige que o paciente insira a ponta de um dos dedos da mão junto a um emissor de luz vermelha.
Os dados recolhidos por este emissor são depois enviados através de um cabo para um telemóvel Windows Phone 8, que procede, com o recurso a uma app específica, à comparação entre padrões de distribuição do sangue de pessoas não infetadas com as amostras recolhidas no momento. Os dados podem ainda ser enviados para um repositório clínico de cada paciente, que se encontra alojado em serviços de cloud computing.
Nos primeiros testes efetuados, a solução desenvolvida durante o projeto Matibabu alcançou uma taxa de sucesso de três em cinco casos analisados. Os jovens estudantes ugandeses acreditam que podem melhorar os resultados antes de lançar um qualquer produto no mercado e contribuir para a redução de 75% das mortes causadas pela malária em todo o mundo, que foi fixada para 2015 pela Organização Mundial de Saúde.
Além do diagnóstico, a app desenvolvida pelo projeto Matibabu promete revelar-se útil na prevenção da doença, com dicas que ajudam a evitar a malária e ainda uma funcionalidade que emite um som repelente de mosquitos.