Era uma vez um comerciante de vinhos inglês, de seu nome Job Bearsley, que chegou ao Porto em 1692. O seu filho Peter é apontado como tendo sido o primeiro britânico a embrenhar-se nos vinhos das margens do rio Douro, enquanto Bartholomew (neto de Job) foi o primeiro inglês a comprar uma quinta na região. Corria o início do século XVIII, e o resto da história desta junção de várias famílias faz-se de parcerias, casamentos, alianças, quezílias políticas, filoxera, guerras, crises e aquisições (ver árvore genealógica na página seguinte). Certo é que 331 anos depois de o primeiro Bearsley ter posto os pés no Porto e fundado a Taylor’s, a empresa continua a crescer, expandiu os negócios e é detentora de uma história que se mistura com a do vinho do Porto, a do desenvolvimento do Douro e a do País.
A [agora] The Fladgate Partnership é, hoje, um pequeno império que opera em quatro áreas diferentes – produção de vinho, hospitalidade, turismo e distribuição – e que gera um volume de negócios de milhões de euros, com o vinho do Porto a representar cerca de 60% da atividade, enquanto o Turismo se aproxima dos 20%. É líder na produção de categorias especiais de vinho do Porto, que vende em mais de 105 países. A empresa, atualmente liderada por Adrien Bridge, detém quatro marcas de vinho do Porto, 14 quintas, cinco hotéis (o The Yeatman Hotel, inaugurado em 2010, deu um impulso relevante ao Turismo da região), três empresas de distribuição e três organizações dedicadas ao Turismo.