Portugal está a ser impulsionado pelo crescimento do turismo, o que, por arrasto, está a dinamizar o aumento da oferta e do consumo no segmento de luxo. Da democratização procurada pelo conceito de restauração do JNcQuoi, da Amorim Luxury, à exclusividade artesanal dos automóveis ingleses Morgan, passando pelo design de interiores ultrapersonalizado da Ding Dong ou os perfumes de nicho de Pedro Simões Dias, inspirados no ambiente cosmopolita da Comporta, os negócios do luxo made in Portugal estão a crescer.
O desenvolvimento de marcas de luxo em Lisboa já arrancou há alguns anos na Avenida da Liberdade, nomeadamente na área de vestuário, calçado, acessórios, relógios e joias. Em abril ganhou uma nova dinâmica com a inauguração de um conceito, o JNcQuoi (da expressão francesa “je ne sais quoi”, que se refere a algo distintivo e intangível), que junta a moda da Fashion Clinic de homem à restauração e bar. É o caminho seguido pela Amorim Luxury, que acompanha a tendência internacional cada vez mais procurada —as experiências — pelo perfil de cliente que mais influencia os negócios de luxo — os millennials.
“O segmento de F&B (food and beverage, comida e bebida) está em franco crescimento, muito graças aos millennials, que gastam mais em experiências gastronómicas e sociais do que em qualquer bem material e são cada vez mais informados e mais exigentes nas suas escolhas. Estes são os consumidores de hoje e de amanhã”, sustenta Miguel Guedes de Sousa. O presidente executivo (CEO) da Amorim Luxury não distingue nem contabiliza a percentagem de clientes turistas e de residentes, preferindo referir que ambos convivem no JNcQuoi e têm características comuns. “São pessoas que conhecem o mundo e que apreciam ambientes sofisticados mas descontraídos. Por um lado, estamos na avenida mais icónica da ‘cidade do momento’, por outro, no coração de uma zona em franco desenvolvimento habitacional e onde se concentram sedes de empresas nacionais e internacionais.”
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