Na passada semana foram os caloiros da Católica School of Business and Economics que estiveram a apanhar batatas em campos de cultivo na Golegã, Santarém, mas as inscrições estão abertas a toda a gente.
“Uma segunda colheita para que nada se perca” é o lema do projeto Restolho que tem como objetivo aproveitar os produtos alimentares que não são colhidos na primeira escolha por não terem o calibre certo ou pequenos “defeitos” que os tornam não comercializáveis.
Inicialmente, era sobretudo as empresas que aproveitam as ações de recolha para fomentarem o espírito de equipa entre os trabalhadores, mas agora todos os interessados se podem inscrever.
Uma vez que há 1500 produtores associados ao projeto, há campanhas de recolha de alimentos a decorrerem todo o ano. Batatas, couves, cebolas, ervilhas são alguns dos alimentos que têm sido encaminhados para os bancos alimentares de Santarém e Beja.
Estima-se que, em Portugal, cerca de um milhão de toneladas de alimentos são deitadas no lixo todos os anos, o equivalente a 17% do total produzido.
No ano passado, as campanhas do Restolho angariaram 13 toneladas de alimentos que, de outra forma, teriam ficado a apodrecer na terra.
A iniciativa resulta de uma parceria entre a Federação dos Bancos Alimentares, a Entrajuda, União Agrícola do Norte do Vale do Tejo (Agrotejo) e o entreposto comercial Agromais.