Apesar da quebra da taxa de natalidade em Portugal, em 2012, os pedidos de ajuda ao Banco do Bebé cresceram 20%. Pais e mães em dificuldades financeiras viram nesta associação sem fins lucrativos uma hipótese para darem um nascimento condigno aos seus bebés. Receberam gratuitamente mantas, fraldas, roupinhas, alcofas, produtos de higiene, mobiliário, alimentos, cadeirinhas de transporte e até medicamentos.
Com o aumento da procura, a associação, que há mais de 20 anos acompanhava os recém-nascidos da Maternidade Alfredo da Costa, viu-se obrigada a estender o seu apoio a outros hospitais (Santa Maria e Loures). E agora, precisa de ajuda. “Os nossos bebés têm colo, mas precisam de bens essenciais” é um dos slogans da campanha de Natal lançada pelos CTT e destinada a angariar bens para o Banco do Bebé. “Achar querido não chega” é outra das frase-chave.
A apresentadora Bárbara Guimarães juntou a sua imagem à ação que arrancou a 20 de novembro na loja dos CTT dos Restauradores, em Lisboa, e protagonizou a entrega simbólica do primeiro donativo. Nos próximos dias, a campanha tomará conta da televisão, rádio, imprensa e, desejavelmente, das lojas de correios.
Para facilitar a adesão dos portugueses, os CTT vão disponibilizar embalagens solidárias para recolha dos donativos, assumindo os custos de transporte dos materiais doados até à associação.
Banco do Bebé em números
O Banco do Bebé existe há mais de 20 anos e desenvolve a sua obra na Maternidade Alfredo da Costa. Em 2012, passou a apoiar também a unidade de neonatologia do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, e os serviços sociais do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures
60 voluntárias (2012)
971 bebés ajudados desde janeiro (2012)
3430 pedidos para ajuda em bens (2012)
62 bebés acompanhados em apoio domiciliário (2012)
969 bebés carenciados apoiados (2011)
3398 pedidos de enxovais para recém-nascidos (2011)
51 bebés acompanhados em apoio domiciliário (2011)
556 famílias apoiadas com 1784 medicamentos (2011)