É manhã cedo de um dia de semana. No Mercado do Plateau, no centro da Praia, conversa-se muito, mas nem por isso a confusão abunda. Renovado há oito anos, é o mercado mais importante da cidade. Vende-se de tudo: carne, peixe, legumes, fruta, ovos, farinhas e feijão, num festival de cores e de cheiros a que muito dificilmente se consegue resistir, quer se trate de comprar, quer se trate de admirar (e fotografar). No rés do chão, na banca dos enchidos, um bebé dorme o sono dos justos, num colchão montado no chão de improviso e coberto com um lençol.
Em frente dos enchidos, do lado de lá das escadas que dão acesso ao primeiro andar, várias mulheres assentam arraiais numas mesas de madeira altas. Vêm vender comida feita, pronta a servir, e chegam, inclusivamente, do Senegal e da Guiné, segundo nos explicam. Daqui a pouco, chegará também quem aqui venha, asseguram-nos, à procura do almoço, por dois ou três euros.