Se o início de outubro foi marcado por temperaturas mais altas do que o normal, novembro prevê-se semelhante, ainda que não de forma tão significativa. Segundo o projeto de informação meteorológica Meteored, novembro vai ser caracterizado por temperaturas ligeiramente acima da média, sendo que este panorama de anomalia térmica positiva também se prevê para as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.
De acordo com Alfredo Graça, geógrafo e editor-chefe da Meteored Portugal, a temperatura em novembro é, em média, 4 ºC mais baixa em relação a outubro. Quanto à precipitação, novembro é, de acordo com a climatologia, o segundo mês mais chuvoso do ano.
Tendo em conta este panorama, o que se prevê é que este mês seja caracterizado por uma anomalia térmica positiva, significando que será um mês ligeiramente mais quente do que o normal, mas sem extremos.
Em Portugal continental e Açores estão, assim, previstas temperaturas entre 0 ºC e 1,5 ºC acima da média. “Já para a Madeira o nosso modelo de referência insiste numa primeira quinzena significativamente mais quente que o normal (até 3 ºC acima do normal), sendo que a segunda metade de novembro poderá registar temperaturas mais próximas da média”, refere Alfredo Graça.
Já a precipitação estará dentro dos níveis normais. “No Continente, e também na Madeira, a primeira semana de novembro será, muito provavelmente, uma continuidade do padrão atmosférico chuvoso e instável que esteve presente durante a segunda quinzena de outubro, com anomalias de precipitação positivas bem vincadas em toda a extensão geográfica destas duas unidades territoriais portuguesas”, diz o especialista. “O destaque vai, sobretudo, para as regiões a oeste da Barreira de Condensação, onde a chuva se prevê mais intensa, abundante e persistente”.
No entanto, as restantes semanas podem vir a registar “uma clara mudança de padrão atmosférico”. “Isto resultaria, possivelmente, num substancial abrandamento da quantidade e intensidade da chuva e num estado do tempo mais estável e seco, com algumas regiões a poderem, inclusive, registar anomalias de precipitação negativas”, analisa.
