A Inspeção-Geral do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS) confirmou à VISÃO que tem em curso “uma auditoria à formação de execução dos contratos públicos” na Fundação Inatel. O processo teve como ponto de partida um dossier anónimo, assinado por “um grupo de funcionários e sócios” da instituição, que foi enviado, aproximadamente há um ano, para centenas de caixas de correio, de pessoas e entidades, com o objetivo de denunciar uma alegada “gestão danosa e criminosa” levada a cabo pelo atual conselho de administração, presidido por Francisco Madelino, no cargo desde janeiro de 2016. Entre diversos exemplos, o documento, a que a VISÃO teve acesso, alude a uma “má gestão de dinheiros públicos, favores políticos, favoritismos e despesismos”, e apela ainda à “urgente demissão” de Francisco Madelino, bem como à “punição dos responsáveis pelas irregularidades cometidas”.
Marcelo Rebelo de Sousa foi um dos destinatários desta denúncia e, assim que tomou conhecimento das alegadas irregularidades, pediu que a situação fosse investigada e esclarecida. À VISÃO, a Presidência da República confirmou que, no passado mês de fevereiro, remeteu o assunto para o gabinete do primeiro-ministro, António Costa, que, posteriormente, deu seguimento ao caso, reencaminhando o dossier para o MTSSS, que mantém em aberto as averiguações.