Depois de mudar a trajetória – destinava-se à cidade de Colónia, na Alemanha – a aeronave Cessna 551 de registo austríaco despenhou-se este domingo, 4 de setembro, no mar Báltico, junto à Costa da Letónia, devido a falta de reação dos ocupantes a bordo. De acordo ao jornal alemão Bild, a inconsciência deveu-se à despressurização da cabine, que levou à morte dos passageiros e da tripulação por asfixia.
Como resultado, o resto do percurso foi dirigido sob piloto automático até a aeronave ter eventualmente esgotado o combustível ter-se despenhado no mar. De acordo com a publicação alemã, a bordo estariam pelo menos quatro pessoas: o piloto e uma família alemã – casal e respetiva filha – que residia temporariamente em Zahara de los Atunes, pertencente ao município espanhol de Barbate, na província de Cádiz.
O avião partiu de Jérez de la Frontera, no sul de Espanha, às 13h56 (horário de Portugal Continental), em direção a Paris, sendo que o destino final seria a Alemanha. Porém, o percurso prolongou-se até à ilha sueca de Gotland, sem qualquer comunicação por parte do piloto.
Já tinham sido assinalados problemas de pressão na cabine após a descolagem, ainda na Península Ibérica, e, logo a seguir, foi interrompido qualquer contacto com terra. Caças espanhóis, franceses, alemães, aeronaves da NATO que se deslocaram ao encontro do avião, e inclusive o sistema de vigilância aérea Flight Radar, permitiram acompanhar em direto o momento em que a avião começou a perder a altitude e velocidade, depois de quase 5 horas no ar.
Foi, entretanto, às 18h45 que o avião se despenhou nas águas do mar Báltico. De acordo com as autoridades, não foi possível identificar ninguém na cabine de comando, pelo que, quando o avião caiu, os ocupantes já estariam mortos.
Ainda não houve registo dos vestígios da aeronave, mas autoridades marítimas e aéreas da Letónia, que assumiram desde então a operação de resgaste, puderam identificar destroços e marcas de óleo na superfície da água do mar. Já foram mobilizados helicópteros lituanos, navios suecos, e inclusive um drone da Agência Europeia de Segurança Marítima na Estónia para ajudar nesta operação.