
Esqueça Paris. Para a Condé Nast, Lisboa é a verdadeira cidade da luz e a mais cool da Europa. O jornalista Steve Kingo descreve a capital portuguesa como um anfiteatro natural, apoiado nas sete colinas e uma fonte inesgotável de luminosidade: “Lisboa brilha. Anda-se na luz.”
Para a publicação norte-americana, a cidade atravessa agora uma segunda era de descobrimentos, mas no sentido oposto – todos querem sentir Lisboa. A história, a geografia, os materias, as tipografias e o bom tempo são os ingredientes secretos deste sucesso.
Há 25 anos que Steve Kingo visita regularmente Lisboa. Pelas “várias camadas de história que se sentem em qualquer lado”, desgastou as solas na nossa calçada e rendeu-se ao encantos da cidade e do povo português. O nosso humor e modéstia (em que Mourinho foi logo apontado como exepção à regra…) foram as caraterísticas que o conquistaram: “Vê-se nos olhos das pessoas, ouve-se na música deles, a sua poesia”. Fala da saudade, uma relíquia só nossa e motivo de inveja lá fora.
Elogia a nossa história mas é o frenesim atual que desperta atenções. Bares, restaurantes, discotecas, galerias e hóteis, “que se multiplicam a uma velocidade vertiginosa” em partes da cidade que há cinco anos eram tabu.
O artigo de Steven Kingo é uma autêntica declaração de amor à nossa capital: “Que o momento de Lisboa dure. Que continue a ver a sua extraordinária beleza refletida nos olhos dos outros. Que se alegre por muito tempo, com a sua modéstia e o seu inimitável brilho”.