Já passava da 1h30 da manhã quando foram contabilizados os votos da última freguesia portuguesa por apurar, Algueirão-Mem Martins, em Sintra, Lisboa, que confirmaram os resultados da noite: a Aliança Democrática é a força política mais votada, com 28,63% dos votos e 79 mandatos nas eleições legislativas.
O mapa do País pinta-se, agora, de formas diferentes com o Norte a ser dominado pela direita (além de Leiria), assim como os Açores e a Madeira, e o Centro até ao Sul pela esquerda. No distrito de Faro, o Chega foi o grande vencedor, conseguindo 27,19% dos votos.
“É minha expectativa fundada que o sr. Presidente da República, depois de ouvidas todas as forças políticas, me possa indigitar para formar Governo”, afirmou Luís Montenegro, no início da sua declaração à imprensa, no hotel em Lisboa onde a AD se concentrou.
Já o PS é o segundo partido mais votado, com 28,66%. No seu discurso após os resultados eleitorais, Pedro Nuno Santos, secretário-geral do partido, reiterou que não votará qualquer moção de rejeição que seja apresentada no início da nova legislatura a um Governo minoritário da AD, porque não tem condições para apresentar um executivo alternativo. Contudo, em relação à possibilidade de viabilizar à AD o Orçamento do Estado para 2025, considerou esse cenário “praticamente impossível”, dizendo que o seu partido “está forte e unido”.