“Temos um objetivo: conseguirmos no dia 26 de setembro mais presidentes de Câmara, mais eleitos locais e maior percentagem de votos do que em 2017”, estabelece o deputado social democrata José Silvano, secretário geral do partido e coordenador autárquico. Parte de um resultado baixo – da maior derrota autárquica do PSD, em 2017 -, mesmo assim, e à semelhança do que Rui Rio já disse, as esperanças não estão elevadas. Acreditam que será preciso chegar a 2025 – altura em que pelas suas contas há mais presidentes impedidos de se recandidatarem e, por isso, mais disponibilidade também para votar noutros rostos – “para inverter o ciclo [de perdas eleitorais autárquicas do PSD], que começou em 2009”.
O objetivo, já referido, é aumentar. Para quanto? “Se temos 98, termos 99. Se não, não há vitoria rigorosamente nenhuma”, assume. Deixa ainda claro que tenciona afastar-se das lides autárquicas, caso “o resultado seja inferior ou igual ao de 2017”.
Entre as dificuldades confessadas, numa entrevista ao Irrevogável (o programa semanal de entrevistas da VISÃO), estão o desafio das duas principais câmaras do País: Lisboa e Porto.
Na capital, Fernando Medina (PS) é um osso duro de roer. No entanto – e apesar de as sondagens colocarem o candidato do PSD, na melhor das hipóteses, a dez pontos percentuais do atual presidente socialista – José Silvano ainda tem “fundadas esperanças hoje de que Moedas ganhe a Câmara de Lisboa”. Justifica-as com a “coragem” do candidato, que deixou um emprego confortável (membro do Conselho de Admnistração da Fundação Gulbenkian) para enfrentar este desafio e em “estudos internos que temos”.
E “enquanto em Lisboa as águas são separadas. Isto é: nós temos um candidato de centro direita e depois há o candidato socialista com o Livre, que é Medina, e depois há candidatos de esquerda. Ou seja, têm todos um espaço próprio. No Porto, não. Desde a primeira vitória de Rui Moreira que houve muito eleitorado social democrata que se habitou a votar em Rui Moreira. Portanto, nós quando apresentamos uma candidatura alternativa, a de Vladimir Feliz, já sabiamos que ia ser muito difícil”, continua o coordenador autárquico laranja, que explica ainda que, depois da recusa de Paulo Rangel, tornou-se complicado encontrar “outras figuras com notoriedade no Porto”.
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