As equipas de salvamento conseguiram resgatar hoje nove pessoas presas em um túnel em Taiwan e ainda procuram 18 pessoas desaparecidas, após o maior sismo que atingiu a ilha em 25 anos.
A agência de gestão de catástrofes de Taiwan disse que os nove turistas foram salvos numa passagem localizada num popular desfiladeiro chamado de Túnel das Nove Torres, no leste da ilha.
A agência manteve hoje o balanço em dez mortos e 1.106 feridos, apesar de anunciar que foram encontradas duas vítimas sem “qualquer sinal de vida” na região montanhosa de Hualien, perto do epicentro do sismo.
“Atualmente, as duas pessoas detetadas no local não podem ser identificadas porque estão enterradas muito fundo”, disse a agência, acrescentando que ainda será necessário realizar verificações antes de as adicionar ao balanço oficial.
A agência disse que os serviços de emergência já conseguiram localizar mais de 700 pessoas que continuam presas em túneis ou áreas isoladas de Hualien, mas que 18 pessoas estão ainda desaparecidas.
Entre os desaparecidos estão três adultos e três crianças que percorriam um trilho no Parque Nacional Taroko, um dos principais pontos turísticos de Taiwan e onde se encontra a maioria das centenas de pessoas presas pelo sismo.
Um grupo de mais de 50 pessoas deslocou-se esta manhã ao trilho com ferramentas especiais para escavar e realizar trabalhos de resgate.
Além de pequenos grupos a pé com cães, os serviços de emergência mobilizaram helicópteros e drones para alcançar as pessoas retidas nas montanhas, onde estradas ficaram bloqueadas devido a deslizamentos de terra e quedas de rochas.
As equipas de resgate estão também a usar helicópteros para entregar alimentos a muitos moradores que ficaram isolados pelo sismo de quarta-feira, com uma magnitude de 7,4 de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos.
Na cidade de Hualien, as autoridades começaram os trabalhos de demolição com um guindaste do edifício “Urano”, que se inclinou 45 graus após metade do primeiro andar ter desabado devido ao sismo.
Muitos habitantes de Hualien passaram a noite ao relento, depois de fugirem de apartamentos ainda abalados por numerosas réplicas, enquanto estavam a decorrer obras de grande envergadura para reparar as estradas.
A ilha tem sido abalada por centenas de fortes réplicas desde o primeiro sismo e o Governo alertou os residentes para terem cuidado com deslizamentos de terras ou queda de pedras.
A regulamentação rigorosa em matéria de construção e a sensibilização generalizada do público para as catástrofes parecem ter evitado um desastre de grandes proporções na ilha, de acordo com a agência de notícias France-Presse.
O abalo de quarta-feira foi o mais forte em Taiwan desde 21 de setembro de 1999, quando um sismo de magnitude 7,6 matou mais de 2.400 pessoas e feriu mais de 11.300.
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