O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, concluiu a sessão no International Exchange Futures a cotar 1,74 dólares acima dos 86,83 dólares com que fechou as transações na quinta-feira.
O preço do Brent disparou para o seu nível mais alto em mais de meio ano, impulsionado pela perspetiva do mercado de que a Arábia Saudita prolongará o seu corte de produção de 1 milhão de barris por dia até outubro.
A Rússia, também membro da aliança OPEP+ (formada pelos 13 parceiros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e 10 países aliados), anunciou esta quinta-feira que concordou com os restantes parceiros em reduzir o seu fornecimento de petróleo aos mercados internacionais, embora os detalhes dessa medida só sejam conhecidos oficialmente na próxima semana.
Estas expectativas de diminuição da oferta, juntamente com a fraqueza do dólar americano e uma queda maior do que o esperado nas reservas de petróleo bruto dos EUA, motivaram um aumento contínuo no preço do Brent esta semana.
O barril de referência europeu termina a semana com uma subida de 4,79% face ao fecho na sexta-feira passada e aproxima-se mais uma vez da barreira dos 90 dólares.
“Um movimento além dos 90 dólares poderia muito bem causar a destruição da procura e exacerbar uma desaceleração [na economia global] no momento em que nos aproximamos dos meses de inverno”, alertou Michael Hewson, analista da CMC Markets.
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