Aparentemente estas duas marcas não têm grande ligação. A Walmart é a maior cadeia americana de supermercados. Já o TikTok é umas maiores aplicações do mundo, que já conquistou os jovens através de curtos vídeos de danças, playback e episódios de comédia. Mas qual a lógica do anunciado interesse da Walmart na aplicação?
Para os profissionais do mercado, a ligação entre a Walmart e o TikTok faz todo o sentido. A versão chinesa do TikTok, o Douyin, é uma das várias aplicações no país que exploram o mercado de consumidores chineses, que gostam de fazer compras nestas plataformas, o chamado E-Commerce. Na China, os utilizadores podem comprar produtos depois de assistir a vídeos curtos sobre os mesmos.
“É o entretenimento mais as compras”, disse Kitty Fok, diretora da empresa de pesquisa de mercado IDC. “Isto é enorme … é um mercado extremamente grande”. Agora, a Walmart, que já reconheceu o valor do e-commerce quando se trata de TikTok, pretende aliar-se à Microsoft e deter parte da aplicação. A empresa disse, na quinta-feira, em comunicado, que o interesse no aplicativo deriva da forma como este “integrou os recursos de e-commerce e publicidade noutros mercados”.
“Estamos confiantes de que uma parceria entre o Walmart e a Microsoft atenderá às expectativas dos utilizadores do TikTok nos Estados Unidos e, ao mesmo tempo, atenderá às preocupações dos reguladores do governo dos Estados Unidos”, disse a empresa.
As ações da Walmart subiram cerca de 4,4% com a notícia.
O presidente dos EUA, Donald Trump, exigiu que a ByteDance, da China, dona do TikTok em todo o mundo, vendesse as ações nos EUA, alegando um potencial risco de segurança nacional devido à vasta quantidade de dados privados que o aplicativo tem acesso sobre os consumidores americanos.