Hoje, o presidente francês Emmanuel Macron vai dirigir-se ao ao país para falar sobre o que aconteceu na manifestação de sábado e, diz-se, suavizar algumas medidas e anunciar outras, como o aumento das pensões.
Macron está entre a espada e a parede. Depois de quatro semanas de protestos dos Coletes Amarelos – grupo de manifestantes sem filiação partidária –, a que se juntaram muitos desordeiros, que lutam contra o aumento dos impostos, a subida do custo de vida e os preços dos combustíveis, o presidente vê-se obrigado a falar. Isto quando já está marcada nova manifestação para o próximo sábado.
O último, dia 8, deixou mais um rasto de destruição, sobretudo em Paris. Com muitas lojas destruídas e pilhadas, multibancos arrasados, carros e caixotes incendiados.
Embora a manhã da manifestação tenha começado bem, a noite trouxe muitos problemas aos milhares de agentes da polícia.
Os números oficiais apontam para 136 mil manifestantes, 1 723 pessoas identificadas em todo o país, 1 200 detidos (só em Paris foram detidas 1 082 pessoas) e 135 feridos.
Nas ruas ficaram as mensagens dos manifestantes. Entre outras: “Aquecimento global: dezembro vai ser quente.” “Pegar fogo ao Eliseu.” [palácio presidencial]. “Injustiça fiscal = cólera social.” “O fim está próximo, Macron.” “Tu não passarás do Natal, Emmanuel.”