Também houve sete abstenções e duas ausências, numa sessão em que eram necessários os votos de pelo menos 342 deputados para aprovar a abertura do processo de destituição de Dilma Rousseff.
Agora, o pedido de ‘impeachment’ (impugnação) segue para o Senado, onde também terá de ser aprovado, por maioria simples.
Esta sessão histórica da Câmara dos Deputados, a câmara baixa do Congresso brasileiro, foi o ponto alto de uma grave crise política e económica, que está a dividir o Brasil.
A pressão para a impugnação do mandato de Dilma Rousseff surgiu na sequência da revelação das chamadas “pedaladas fiscais”, atos ilegais resultantes da autorização de adiantamentos de verbas de bancos para os cofres do Governo para melhorar o resultado das contas públicas.
Agora, a impugnação segue para o Senado, a câmara alta do Congresso, que pode aceitar ou arquivar o processo.
Se os senadores aceitarem o pedido, o vice-Presidente do Brasil, Michel Temer, assume a Presidência da República provisoriamente até o processo de destituição ser concluído.