O evento da Cooperação Económica Ásia-Pacífico, na segunda-feira à noite, em Pequim, podia ter passado despercebido nas redes sociais. Mas um gesto do Presidente russo – e a reação da China – captou a atenção da imprensa mundial: Vladimir Putin colocou uma manta sobre os ombros da primeira dama chinesa, Peng Liyuan, que aceitou a cortesia, sorridente, mas pouco depois entregava o agasalho a um assessor.
O episódio desenrolou-se em direto na televisão nacional, com uma voz-off a declarar “O Presidente Putin colocou um casaco em Peng Liyuan”.
As imagens foram partilhadas vezes sem conta nas redes sociais chinesas, mas, pela manhã, (praticamente) nem vestígios delas. Uma pesquisa pelo vídeo ou pela hashtag no Weibo (o Twitter chinês) ou no serviço de mensagens WeChat não revelavam nada mais do que uma série de links desativados.
Até agora, nem a agência de notícias nem a televisão oficiais fizeram qualquer comentário ao que já é apelidado, em alguns meios de comunicação internacional como o “coatgate”, uma espécie de “Watergate do casaco”.