A prova de halfpipe de Elizabeth Swaney nas olimpíadas de inverno, na segunda-feira, foi uma supresa, mas não pelas melhores razões: A atleta nascida nos EUA, mas a competir na Coreia do Sul pela Hungria, limitou-se a subir e descer sem fazer qualquer manobra nem tão pouco conseguir qualquer elevação. Estava num dia mau? Lesionada? Não era ela sequer? As hipóteses para explicar o seu desempenho podiam ser variadas, mas o que é certo é que foi exatamente com essa forma de esquiar que Swaney conseguiu apurar-se para os Jogos Olímpicos, onde competem neste momento quase 3 mil dos melhores atletas do mundo das modalidades de inverno.
A pergunta que se impõe – como é que a esquiadora, de 33 anos, chegou a Pyeongchang? – tem uma resposta simples: com uma mistura de engenho, atenção e… aproveitamento da falta de mulheres nas provas de halfpipe. É que a qualificação para as olimpíadas implica conseguir ficar entre os primeiros 30 em várias provas e Swaney conseguiu ficar 13 vezes nesse top 30 com uma única habilidade: competir em provas com menos de 30 participantes, chegando ao fim sem cair.
A classificação de Swaney, a primeira atleta a representar a Hungria no esqui, não podia ser pior mas, entre algumas críticas à sua estratégia, o Twitter encontrou uma nova heroína.
“Talvez eu seja a ponte para aqueles que querem iniciar-se no freestyle e quero mostrar-lhes que sim, é possível envolver-se no esqui freestyle tendo várias origens”, acredita Swaney, que diz ainda desejar “inspirar” outras pessoas.
A americana pode ter sido, no entanto, a última a explorar a atual forma de qualificação, com a Federação Internacional de Esqui a confirmar que estão em curso planos para alterar o processo