“A nossa ideia era aproveitar a exposição de [Alexander] Calder para mostrar ao público a relação formal e estética entre [Calder e Miró], que se tornaram amigos desde o primeiro momento em que se conheceram, até à morte de Calder em 1976”, explicou aos jornalistas Robert Lubar Messeri, curador da exposição “Joan Miró/Alexander Calder: Espaço em Movimento”, organizada pela Fundação de Serralves em colaboração com a Fundação Joan Miró.
Durante a visita para a imprensa, que decorreu hoje de manhã nas galerias da Casa de Serralves, Robert Messeri destacou, por exemplo, obras de Miró e de Calder em que ambos trabalharam sobre as “Constelações”.
“Concebidas em total independência, as ‘Constelações’ de Calder e de Miró têm sido frequentemente consideradas contrapartes bi e tri-dimensionais, lê-se no dossiê de imprensa.
O encontro entre Miró e Calder, que se conheceram em Paris, no final de 1928, representou uma das mais férteis amizades artísticas e diálogos visuais continuados do século XX e o trabalho de ambos foi frequentemente alvo de exposições a dois, referiu Robert Messeri.
As obras de Joan Miró que vão poder ser vistas nesta mostra são 15 da coleção do Estado Português, à guarda do município do Porto e em depósito de longo prazo na Fundação de Serralves, havendo ainda 11 obras do pintor pertencentes à coleção da catalã Fundação Joan Miró.
A outra exposição, intitulada “Alexander Calder: Uma Linha de Equilíbrio” e comissariada pelo diretor do Museu de Serralves, Philippe Vergne, apresenta “algumas das peças mais importantes do escultor que foram criadas durante a sua estadia em Paris”, refere a mesma nota de imprensa.
Muitas dessas obras são feitas em arame e produzidas ao mesmo tempo que as figuras do famoso “Cirque Calder”, bem como um importante grupo de peças da década de 1940.
A exposição de “Joan Miró/ Alexandre Calder: Espaço em Movimento” está dividida em cinco secções, onde se destaca, por exemplo, a série de “cabeças-retrato” que fez de amigos entre 1927 e 1930, onde o escultor ampliou os limites da sua prática escultórica.
No ano em que se comemora o centenário do Parque de Serralves, a mostra inclui ainda um grupo de esculturas “monumentais de Calder”, que estão dispostas nos jardins de Serralves em vários locais.
A exposição “Alexander Calder: Uma Linha de Equilíbrio” vai ficar patente na Casa e Parque de Serralves até 19 de maio de 2024.
A exposição “Joan Miró / Alexander Calder: Espaço em movimento” fica patente na casa de Serralves até 07 de janeiro de 2024.
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