‘The Velvet Underground & Nico’, de The Velvet Underground
O álbum de estreia da banda norte-americana de rock, lançado em março de 1967, ficou conhecido como o “álbum da banana”, graças ao desenho de Andy Warhol na capa. A obra de arte criada por Warhol tornou-se o centro da polémica depois de circularem relatórios de que a Fundação The Andy Warhol planeava licenciar a imagem para produtos auxiliares do iPod e iPad. Em janeiro de 2012, os Velvet Underground entraram com uma ação no tribunal federal de Nova Iorque alegando que a obra de arte se tinha tornado “um símbolo, verdadeiramente um ícone, dos Velvet Underground” durante décadas. Para a banda, a imagem era de domínio público (até porque não estava registada no Copyright Office) e a fundação não poderia reivindicar qualquer propriedade de direitos de autor da mesma. Em 2013, o caso terminou com um acordo confidencial assinado entre ambas as partes.
‘Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band’, deThe Beatles
Supostamente, a produção do álbum, em 1967, pediu autorização por escrito a todas as pessoas vivas retratadas na foto icónica com 87 rostos. No entanto, pelo menos, uma dessas pessoas, o cantor de rock’n’roll dos anos 50 Dion, afirmou não se lembrar de tal pedido.
‘For Unlawful Carnal Knowledge’, de Van Halen
Uma família abriu um processo de dois milhões de dólares contra a banda fundada pelos irmãos Eddie e Alex Van Halen por, supostamente, ter imprimido o seu número de telefone de casa nas notas de capa do álbum de 1991.
‘8-Way Santa’, de Tad
A Sub Pop, antiga editora dos Nirvana, teve de trocar a imagem do segundo álbum da banda grunge Tad, em 1991, após um processo judicial do casal que aparece semi-nu, sem camisa na fotografia. A imagem foi comprada numa loja de artigos em segunda mão e a mulher da fotografia, entretanto, tornou-se uma cristã devota.
‘Placebo’, de Placebo
Em 1996, David Fox, na altura com 12 anos, aparecia na capa do álbum de estreia dos britânicos Placebo. Dezasseis anos depois, em 2012, quando estava desempregado, ameaçou processar a banda por “arruinar” a sua vida. Sofreu bullying na escola, primeiro afastou-se das aulas e acabou mesmo por desistiu de estudar. Mas, entretanto formou-se como chefe de cozinha.
‘Some Girls’, de Rolling Stones
Em 1978, Peter Corriston, que fez a arte final para Physical Graffiti dos Led Zeppelin, assinava a capa de Some Girls, com os rostos dos membros dos Rolling Stones e de várias celebridades femininas no estilo de um anúncio de perucas dos anos 1950. Como não pediram autorização a nenhuma das mulheres, primeiro foram processados pelas atrizes Lucille Ball, seguida por Raquel Welch e os representante de Judy Garland e Marilyn Monroe. Também a empresa de perucas lutou por um acordo legal.
‘Frankenchrist’, de Dead Kennedys
Em 1985, o álbum do grupo de punk hardcore Dead Kennedys usava uma fotografia na capa mostrando um desfile da Shriners International, uma organização maçónica. Quatro Shriners de Detroit, alegaram que a fotografia tinha sido publicada na revista Newsweek uma década antes e processaram a banda e também a revista após se reconhecerem na capa do disco.
‘Safe Trip Home’, de Dido
Mais recente, em 2008, a fotografia da capa do disco mostra um astronauta, que parece pouco mais do que um ponto branco a flutuar no espaço. O astronauta da NASA Bruce McCandless II – fotografado numa caminhada espacial pioneira há mais de 20 anos – apesar de não possuir os direitos de autor da imagem, processou a cantora Dido, a agência de fotografia Getty Images e a editora Sony Music, em 2010. O processo resolveu-se em um ano por um valor acordado e não revelado.
‘Gangsta Bitch Music Vol. 1’, de Cardi B
Em dezembro passado, um juiz julgou o processo do modelo Kevin Brophy Jr. contra a cantora Cardi B. Em causa estava a tatuagem nas costas de um homem da autoria de Kevin Brophy Jr. Ainda não se conhece o desfecho do caso.