Estamos em 1992. Dois repórteres-fotográficos da nossa imprensa, um brasileiro e um português, resolvem formar uma sociedade de paparazzi, que funcionaria nas horas livres. Mas uma informação que lhes chega num dia do verão daquele ano é para ser agarrada de imediato. A princesa Stéphanie do Mónaco e o guarda-costas, Daniel Ducruet, que ainda escondem o seu romance dos media, estão hospedados num hotel do Estoril.
O fotógrafo brasileiro pede dois dias de licença ao chefe, que lhos concede. Após tentativas várias e frustradas, descobre o sítio certo: uma árvore pela qual trepa. No topo, fica mesmo de frente para o apartamento ocupado por Stéphanie e Ducruet, com piscina privativa, e acima do muro que cerca o hotel. A espera dura horas infindas, mas às tantas o casal lá aparece para tomar banhos de sol, com o picante de a princesa estar em topless.
Seria o sócio português a vender as fotos a uma agência internacional, por 7 500 contos (37 500 euros). As imagens correram mundo. Stéphanie teria um filho (em novembro de 1992) e uma filha (em 1994) de Ducruet, com quem se casaria em 1996. Um ano depois, a princesa pede o divórcio, após surgirem fotos do marido com uma amante.
Os fotógrafos da sociedade de paparazzi desentendem-se bem mais cedo. O brasileiro descobre que o sócio o enganara na verba pela qual tinha vendido as fotos. E vinga-se. Vai a uma loja lisboeta, onde a sociedade tem conta, e de lá sai com a máquina fotográfica mais cara do mercado e um ror de objetivas. No dia seguinte, regressa ao Brasil. O outro que pagasse a fatura.