Socialista e migrante muçulmano, reúne todos os anticorpos que enfurecem a Administração Trump. Mas pode muito bem vir a ser o próximo presidente da câmara da “Big Apple”

Há quase um século, o avô Alfredo Motta lembrou-se de, “com personalidades da nossa época, reviver, escrita à mão, a imortal obra de Camões”, com 1 102 estrofes. Uma por cada individualidade. Hoje, o projeto está nas mãos do neto Manuel Mota, e reúne transcrições feitas por 12 Presidentes da República

As novas provas ModA já geram polémica. O que se segue?

O que dizer quando um cantor e compositor de origens humildes esgota duas noites na Meo Arena? Estaria perto de tocar o céu, se não fosse um processo judicial que agora lhe atribui indícios de ilícitos graves – tráfico de droga e associação criminosa – e cujo desfecho pode mesmo aniquilar-lhe a carreira

Como presidente da RTP, Ramalho Eanes atribuiu a Carlos Cruz o desenho da cobertura das primeiras eleições livres no País, a 25 de abril de 1975, faz agora 50 anos. Mas as turbulências da revolução quase comprometeram a histórica emissão de 36 horas ininterruptas, um dos episódios de bastidores que aqui se contam

Dir-se-ia que os regimes ditatoriais, ou tendencialmente autocratas, nunca tiveram as garras tão afiadas contra os cartoonistas e as suas sátiras. Aqui se apresentam oito casos de ataques à sua liberdade criativa e de expressão

Apesar de comunista convicto, tinha uma relação amistosa com um embaixador nomeado por Reagan. Na cadeia de Caxias, os guardas prisionais acharam que tinha endoidecido, porque andava de um lado para o outro num cubículo – na verdade, estava a compor na sua cabeça. Com Amália, que lhe lançou a carreira internacional, fez uma amizade para a vida. E a sua modéstia desmesurada estragou um autógrafo a um jornalista – escreveu: “Com admiração, Carlos Paredes”

A prestigiada cientista, agora à frente do novo Instituto Gulbenkian de Medicina Molecular, com cerca de 550 investigadores de mais de 35 nacionalidades, explica como quer fazer da instituição a “líder global em ciências da vida e biomédicas”

Devota da fé cristã, nascida algures na Índia, era influente junto do imperador mogol, então o reino mais rico do mundo, fiel ao Islão. Enquanto se correspondia com D. João V e com os vice-reis dos territórios portugueses no Índico, andava de elefante escoltada por soldados muçulmanos e foi presenteada com um palácio. Uma história de amor?

Conhecemos bem os feitos de nomes como Vasco da Gama ou Pedro Álvares Cabral, mas aqui lhe damos a conhecer aqueles que a História foi esquecendo. E, no entanto, falamos de vidas incríveis que deixaram grandes marcos, desde o descobridor do rio Amazonas ao da costa da Califórnia, até chegarmos ao tempo das enfermeiras paraquedistas da Guerra Colonial

Em 1542, descobriu a costa da Califórnia, feito que o Estado norte-americano comemora todos os anos. Mas a historiografia nacional votou-o ao esquecimento. O seu biógrafo só encontra uma explicação: o navegador deixou obra sob a bandeira de Castela

O descobridor, em todo o seu curso, do que é tido como o maior rio do mundo até dá nome, no Brasil, a um batalhão do exército. Já em Portugal, o protagonista do maior feito de navegação fluvial da História é um ilustre desconhecido

A enfermagem não a entusiasmava e muito menos desejava saltar de paraquedas, mas seguiu o instinto até aterrar em África, a tempo de resgatar militares, civis e até inimigos da frente de combate. Alferes num corpo pioneiro nas Forças Armadas, escondido por Salazar e enterrado pelo 25 de Abril, esteve debaixo de fogo sem se dar conta, correu de pijama para o abrigo ao som das sirenes e fez jus ao lema de não deixar ninguém para trás – a não ser quando não tinha escolha

Eis o relato da vida de uma mulher que se disfarçou de homem, foi grumete de caravela, bravo oficial-cavaleiro em Mazagão e que uma investigadora compara à guerreira francesa de quatrocentos. Tudo para acabar fechada numa gaveta da História

Como agente secreto de D. João II, descobriu-lhe inimigos internos, negociou por ele com reis berberes e, sobretudo, infiltrou-se por terrana Índia, disfarçado de mercador árabe, recolhendo informações valiosas para a futura viagem de Vasco da Gama. Morreu na Etiópia – descartado

“A Frelimo já perdeu – resta saber por quantos”, diz um observador