Visão | Povo em festa

Povo em festa

Marcos Borga

O bar e restaurante Povo, no Cais do Sodré, em Lisboa, faz quatro anos. Até sexta-feira, 20, celebra-se a palavra e a música

Inês Belo

Abriu há quatro anos na Rua Nova do Carvalho, no Cais do Sodré, como bar e restaurante, onde são servidos os mais tradicionais petiscos. Mas desde logo o Povo se quis afirmar como lugar na vida cultural de Lisboa, onde a poesia, o fado e outras músicas acontecem. E é isso que, neste quarto aniversário, se celebra.

Já esta terça-feira, 17, inaugura-se uma instalação de Daniel Moreira, dando-se início a um ciclo de exposições trimestral que convida artistas a usar o Povo como local de reflexão. E, a partir das 21h30, juntam-se uma série de jovens fadistas, que por lá passaram em residência artística, com clarinetes e trombones, numa espécie de laboratório musical.

Tal como já acontece regularmente no Povo, a noite de quarta-feira é temática, com o fado a cruzar-se com a música tradicional portuguesa na voz de João Caetano, acompanhado por António Cardoso na guitarra portuguesa e João Silva na viola. Antes, às 18 horas, está marcado o lançamento do livro Kinderszenen, de Alexandre Sarrazola. E porque o fado é um dos eixos da programação, é a este que se volta na quinta-feira, 19, com o lançamento e apresentação ao vivo do disco de Marcelo Rebelo da Costa que, ao fim de uma residência artística de três meses no Povo, vê o seu trabalho gravado. A acompanhar há clarinete, violoncelo, contrabaixo e até um adufe.

E como o melhor fica para o fim, na sexta-feira, 20, estreia-se a noite Madame Tussaud, dedicada aos grandes ícones da música pop, e que se pretende que venha a acontecer pelo menos uma vez por mês. Para tal, o Povo convida cantores e músicos a partilharem, num formato acústico, as canções que mais os marcaram e que, segundo estes, constituem o repertório mais emblemático do personagem escolhido. A estreia, nesta primeira edição, coube aos músicos Donatello (voz e acordeão), Mo Francesco (contrabaixo) e Sérgio Sciamarella (saxofone) que, a partir das 19 horas, nos vão levar até Adriano Celentano e à pop italiana dos anos 60. No meio disto, fica só a faltar dizer que tudo isto é de entrada livre.