
São de Catarina Sobral os desenhos que ilustram a programação do Lisboa na Rua. E são uma delícia
1. A Arte da Big Band
São já uma tradição do Lisboa na Rua, estes fins de tarde embalados ao som do jazz. O concerto da Orquestra de Jazz do Hot Clube de Portugal marcado para esta sexta, 1, às 19 horas, no Jardim do Campo Grande, dá início à programação do Lisboa na Rua e inaugura a 8ª edição da Arte da Big Band que apresenta uma série de seis concertos. Este ano, haverá duas estreias: da Andalucía Big Band, de Sevilha (dia 8, sex 19h, Jardim das Conchas), e da Big Bang Júnior, uma escola-orquestra de jazz, constituída por 20 músicos com idades entre os 12 e os 17 anos (dia 15, sex 19h, Jardim da Amnistia Internacional). Já a Orquestra de Jazz de Matosinhos, que anda a comemorar os seus 20 anos, desce ao Largo da Ajuda no dia 23, e traz uma convidada especial: a cantora Manuela Azevedo. Jardim do Campo Grande > Jardim da Quinta das Conchas > Jardim da Amnistia Internacional > Parque da Bela vista > Largo da Ajuda > Jardim Amália Rodrigues > 1, 8, 15, 22, 29 set, sex 19h

Catarina Sobral
2. Carmina Burana, de Carl Orff, pela Orquestra e Coro Gulbenkian
É um concerto irrepetível, numa das maiores áreas verdes da cidade e que poucos conhecem. No sábado, 9, o Parque do Vale do Silêncio, nos Olivais, será palco da cantata Carmina Burana, do compositor alemão Carl Orff, aqui interpretada pela Orquestra e Coro Gulbenkian, e ainda pelo Coro Infantil do Instituto Gregoriano de Lisboa. Acontece no dia 9, sábado, às 21 e 30. P. Urbano do Vale do Silêncio > Av. Cidade de Lourenço Marques / R. Cidade da Nova Lisboa, Olivais > 9 set, sáb 21h30

Catarina Sobral
3. AntiPrincesas
O Jardim da Cerca da Graça recebe sessões de leitura dramatizada para os mais novos (3-5 anos), que desafiam os preconceitos de género e dão a conhecer uma das protagonistas da coleção de livros AntiPrincesas: Violeta Parra, cantora e compositora chilena cuja vida não foi um conto de fadas, mas que sempre lutou por aquilo que acreditou. Editada pela Tinta da China, em parceria com a EGEAC, a coleção conta a história, além de Violeta Parra, de outras três mulheres inspiradoras: a pintora mexicana Frida Kahlo, a militar boliviana de origem indígena Juana Azurduy e a escritora brasileira Clarice Lispector. Jardim da Cerca da Graça > entrada pela R. Damasceno Monteiro, Miradouro Sophia Mello Breyner Andresen, Caracol da Graça ou Calçada do Monte > 16, 17 e 30 set, sáb-dom 11h e 16h
4. Dançar a Cidade
Uma das novidades do Lisboa na Rua é o convite para vir dançar ao ar livre. Durante os fins de semana, em vários locais da cidade, haverá bailes, aulas e oficinas de danças tradicionais, de Portugal e do mundo. Ao sábado, o Dançar a Cidade passa pelo Parque Eduardo VII (junto ao jardim infantil), Parque da Bela Vista e Ponte pedonal entre as Olaias e o Parque da Bela Vista; e no domingo, pelo Jardim da Estrela, Jardim das Amoreiras, Largo da Graça e Jardim do Príncipe Real. Forró, samba, quizomba, funaná, lindy hop, salsa ou merengue – é escolher o ritmo e soltar o pé. 2-3, 9-10, 16-17, 23-24, 30 set > sáb 10h30 e 18h, dom 18h
5. Festival Zona Não Vigiada
Cruzar públicos e estilos musicais, baralhar o centro e a periferia. Atribua-se o mérito à Associação Filho Único e à Casa Conveniente (companhia da encenadora Mónica Calle, com morada na Zona J), que produzem este Festival Zona Não Vigiada, em Chelas. Depois de um ano de interregno, a segunda edição está aí e integra a programação do Lisboa na Rua. Tem lugar no dia 16, entre as 16 horas e as 21 horas, na Avenida João Paulo II, com entrada gratuita e um alinhamento que inclui, entre outros, o coletivo jamaicano Equiknoxx, apostado em revitalizar a tradição da música Dancehall, a chilena Tomasa del Real, representante da nova vaga do Reggaetón, e a dupla de produtores God Colony, que se fará acompanhar da rapper Flohio, uma das vozes mais poderosas da nova geração de MC’s londrinos. Tudo estreias em Portugal e com data única. Av. João Paulo II, Lote 536, Zona J, Chelas > 16 set, sáb 16h-21h

Catarina Sobral
6. Lisboa Soa
A cidade está cheia de sons, mas quem nela vive só costuma dar-lhes atenção quando os ouvidos se queixam do excesso de ruído. Lisboa Soa, o festival que decorre entre os dias 14 a 17 na Estufa Fria, convida a escutar o que a cidade tem a dizer através das instalações e esculturas sonoras concebidas por vários artistas para o local. Durante os quatro dias, haverá também performances, e ainda workshops e passeios, dirigidos a todas as faixas etárias, com o objetivo de nos ensinar a estar atentos e a ouvir. Pq. Eduardo VII > 14-17 set, qui-sáb 10h-21h30, dom 10h-18h30
7. CineCidade
São cinco noites, cinco filmes sobre cidades do futuro e imaginadas para ver ao sábado, no jardim do Museu de Lisboa – Palácio Pimenta, no Campo Grande. Inspirada na exposição A Lisboa que Teria Sido, que ali reuniu cerca de 200 projetos para a cidade que não chegaram a ser concretizados, a segunda edição do CineCidade tem por tema Cidades Distópicas e começa já este sábado, 2, com um clássico a não perder: O Herói do Ano 2000, de Woody Allen. Segue-se THX 1138, filme de 1971 realizado por George Lucas, com Robert Duvall; O Quinto Elemento, de Luc Besson; Akira, do japonês Katsuhiro Otomo, baseado numa série de álbuns de manga com o mesmo nome; e, por fim, Dark City, de Alex Proyas, realizado em 1998, um ano antes do primeiro filme da trilogia Matrix. Museu de Lisboa – Palácio Pimenta > Campo Grande, 245, Lisboa > T. 21 751 3200 > 2, 9, 16, 23 e 30 set, sáb 21h30

Catarina Sobral