Faro: 7 razões para visitar a cidade à beira da ria Formosa

1. Rota Modernista

Uma maneira diferente de se conhecer a cidade é seguir o percurso Eixo Modernista, ao qual se pode aceder através de um QR Code, disponível na Praceta Coronel Pires Viegas. O nome de Manuel Gomes da Costa (1921-2016) – arquiteto natural de Vila Real de Santo António e figura cimeira do Movimento Modernista no Algarve, pela obra que deixou – acompanha-nos ao longo do trajeto, com passagem pelas ruas General Humberto Delgado e Engenheiro Duarte Pacheco e pela dita praceta. O conjunto urbano está classificado como de Interesse Municipal, entre a Escola Secundária João de Deus e o Mercado Municipal, com exemplares como a Casa Gago (1955) ou os apartamentos turísticos The Modernist, instalados num edifício que muitos descreviam como “o mais feio” da cidade. Caso esteja perto da praia de Faro, não deixe de visitar o Hotel Aeromar, um exemplo praticamente intacto do Modernismo da década de 70.

2. Faro Story Spot

Junto à Sé, uma casa emblemática do século XVIII, inaugurada em junho, foi transformada na mais recente atração de Faro. Entre personagens como o Zé do Mar e o Marino, conta-se a história da cidade desde o século VIII a.C., da ria Formosa, que domina o território, e ainda da dieta mediterrânica. A tecnologia multimédia proporciona uma experiência imersiva, com a duração de 35 minutos, dividida em três núcleos diferentes. O último recria uma taberna e encerra o percurso da visita, com uma pequena degustação à base de pão, azeite e vinho – a essência da dieta dos países do Sul.

3. Centro Interpretativo do Arco da Vila

Sabia que em Faro, no século XI, o mar estava quase à porta do Arco da Vila, uma das entradas da cidade que, na época islâmica, davam acesso à zona antiga de Vila Adentro? Estas e outras curiosidades são reveladas neste centro interpretativo, através de painéis informativos, objetos, fotografias, mapas e dois vídeos documentais. De referir ainda que o arco é um exemplo da arte neoclássica, com o traço do arquiteto italiano Francisco Xavier Fabri. A entrada do centro faz-se pelo posto de turismo e, lá dentro, há um segredo bem guardado: do terraço avistam-se toda a Vila Adentro, a ria Formosa e o casario farense.

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4. Check In

Foi em julho que a surpreendente gastronomia do chefe Leonel Pereira, com base em peixe, mariscos, algas e halófitas, mudou de sítio. O novo Check In fica agora Vila Adentro, na antiga casa do célebre Faz Gostos. Com mais espaço, ganhou uma cozinha maior e quatro ambientes distintos: esplanada, bar, onde se pode comer ao balcão, uma sala principal e há de ganhar outra dedicada ao fine dining. A filosofia manteve-se: comida divertida para partilhar e sugestões que chegam em pequenas porções, para serem divididas entre comensais. Alguns exemplos: filete de cavala assada sobre salada de batata, aipo, gaspacho e molho de ervas; ovos caseiros “revoltados”, com tomate da nossa quinta, sobre fatia de pão torrado, ou risoto de lavagante e plâncton.

5. Tertúlia Algarvia

Desde que abriu portas, em 2013, no centro histórico, que é destino certo para quem quer comer e aprender sobre o património gastronómico algarvio. Mais do que um restaurante, aqui há aulas e demonstrações de cozinha, exposições e até férias culinárias, que unem experiências ligadas ao vinho, gastronomia e artesanato. 

6. Vila Adentro

De forma ovalada e envolvida pela muralha, a chamada “Vila Adentro” é o núcleo histórico da cidade, pontuado por museus, igrejas, restaurantes e outras atrações. Aconselha-se um passeio a pé pelas ruas e ruelas, com uma visita à sé, ao museu municipal e ao edifício da antiga Fábrica da Cerveja. Da esplanada do bar O Castelo, vê-se um bonito pôr do Sol, enquanto se bebe um cocktail.

7. Passeio na Ria Formosa

Avista-se de terra, se formos das muralhas até à Doca de Faro, mas é de barco que melhor se descobre o maravilhoso ecossistema da ria Formosa. Entre os vários passeios disponibilizados por operadores está o eco tour da Animaris. Thomas, um jovem biólogo francês, pode ser um dos guias deste passeio, em que se fala de biodiversidade, das atividades locais, da flora e da fauna – consoante a época do ano, assim são as espécies que se avistam, da águia-pesqueira aos flamingos. Na ilha, aproveite-se ainda para fazer o percurso pedestre guiado e almoçar no Estaminé, o único restaurante da Ilha Deserta.