Somos um restaurante que tem uma mercearia e não uma mercearia que tem um restaurante”, começa por explicar Aldo Maia que se juntou ao irmão, Pedro Maia, na abertura deste projeto cujo nome poderá suscitar dúvidas. Com as paredes em tons de verde e uma sala onde cabem 48 pessoas, o Mercearia do Bacalhau é sobretudo um restaurante, aberto em agosto no centro da Maia, que serve o peixe oriundo da Islândia com diferentes curas. A tal mercearia também existe, e fica logo à entrada: além de bacalhau, vende bolachas, conservas, azeites, chás, compotas e vinhos. Tudo nacional. “A nossa ideia foi apostar num monoproduto e enaltecê-lo. O bacalhau é muito rico e há mais de mil e uma formas de cozinhá-lo”, justifica Pedro, dono de outros restaurantes como o Coreto (Maia), Biferia (Porto) e Casa de Repasto (Vila do Conde).
A carta “respeita as receitas tradicionais”, mas com reinterpretações. Nas entradas, a punheta de bacalhau (€6) acompanhada de húmus e tostas tem sido o best seller. E também as pataniscas (€5), a sopa rica de peixe e bacalhau (€9,50), a trouxa de bacalhau gratinado (€6,50) ou a açorda que de tão requisitada vai passar a prato principal. Nesta categoria, dividida entre comida de conforto (servida no tacho) e à posta, o difícil será decidir entre a feijoada de bacalhau com enchidos bísaros, o arroz de bacalhau com tomate e grelos, ou a cataplana ou massada de bacalhau e raia (€29 cada, para partilhar). À posta, o bacalhau pode ser grelhado, confitado, assado ou frito (€25), servido com batatas a murro, esmagada de beringela, cebolada, puré de aipo ou broa de Avintes. “Há clientes que procuram o tradicional, mas querem ser surpreendidos”, contam. À sobremesa, o pudim abade de Priscos ou o bolo de mousse de chocolate serão ideais para limpar o palato. Como já se percebeu, criatividade não falta por aqui: “O bacalhau é a carne do peixe”, reforça Pedro Maia.
Mercearia do Bacalhau > R. Ângela Adelaide Calheiros Carvalho Meneses, 266, Maia > T. 91 508 4351 > seg-dom 12h-15h, 19h-24h