Estão uns 14, 15 graus no interior da nova Queijaria da Praça. A temperatura é a indicada para manter os muitos queijos que se encontram em cima do balcão: mais e menos curados, de pasta mole ou dura, de ovelha ou de cabra… Há mantas disponíveis, prontas a agasalhar quem sinta frio enquanto os saboreia, individualmente ou em tábuas que levam o nome de ruas e praças do Porto: Flores, Poveiros, Marquês e Batalha (três, quatro, cinco e seis queijos, respetivamente, €10-€20), ou ainda Liberdade (variedade à escolha), que se acompanham com compotas caseiras da Greenalyn, cerveja artesanal da Levare, vinhos portugueses a copo ou chá de produção biológica da La Tetera Azul.
Dinamizar a zona do Marquês, dando a conhecer queijos artesanais de pequenos produtores, eis as intenções de Diana Guedes, formada em Ciências do Ambiente, e de Rui Seixas, bancário, quando abriram a queijaria em dezembro. Antes, fizeram o trabalho de casa: percorreram os produtores da região de Castilla y León, viram os animais e até meteram a mão na massa – Diana fez um pata de mulo que se encontra em fase de maturação e há de chegar à loja lá para março.
A maioria dos queijos vem de Espanha (Humo, Cantagrullas, Savel, Braojos, Panzaburro, Tasugueras…), a partir do fornecedor principal, a Cultivo, onde são maturados e afinados “para que o leite evolua, a casca ganhe textura e coloração diferentes”, explicam. Mas há-os também de França (como a Raclette D’Alpage, produzida no inverno), do Reino Unido (Stilton), de Itália (Parmigiano Reggiano), da Holanda (Brabander), da Suíça (Challerhocker) e, claro, de Portugal: Terrincho Velho DOP, Monte da Vinha, Caprino de Odemira, Serra da Estrela DOP Madre de Água e São Jorge 24 meses. Todos tratados como se fossem joias numa ourivesaria.
Queijaria da Praça > Pç. do Marquês de Pombal, 102, Porto > T. 22 540 0405 > seg-qui 10h30-20h, sex-sáb 10h30-20h30