O número de casos de Monkeypox estão a aumentar em Portugal, na Europa e no Mundo, algo que preocupa os especialistas. Mas mesmo assim, Albert Bourla, CEO da Pfizer, acredita que este vírus não chegará ao patamar de pandemia, defendendo que a Covid-19 deve continuar a ser a principal preocupação. À Sky News, explicou que as novas variantes e mutações do vírus podem sobreviver às vacinas que já existem e continuar a infetar a população.
“Ficámos alarmados, assim como o resto das pessoas, quando começámos a ver o aumento de casos, porque num dia não tínhamos casos e de repente temos, mas eu não estou preocupado”, afirmou, referindo-se ao número de casos de infeção humana por vírus Monkeypox
O CEO da Pfizer confirmou ainda que a evolução deste vírus está a ser a observada e monitorizada com muito cuidado. “Parece-nos que esta é uma situação que não é tão transmissível, portanto é muito difícil que se torne uma pandemia, e parece que já existem vacinas que podem funcionar. Estamos calmos e a acompanhar a situação, mas acho que agora o verdadeiro problema ainda é a Covid”.
Segundo o especialista, a Pfizer está também a acompanhar o progresso das variantes da Covid-19 para que se consigam adaptar, eventualmente, as vacinas que já existem. “Estamos a analisar as variantes e percebemos que algumas delas são mais inteligentes que outras e podem fugir da perfeição dos produtos farmacêuticos”, esclareceu.
Questionado sobre quanto tempo continuaríamos a ser inoculados com as vacinas contra a Covid-19, respondeu: “Não tenho uma bola de cristal, mas há muitas variantes que podem afetar os resultado e acho que o vírus permanecerá entre nós”. O CEO da Pfizer acrescentou, contudo, que as novas variantes não devem “impor restrições às nossas vidas.”
A entrevista de Bourla à Sky News surgiu depois de o CEO anunciar um programa da Pfizer que pretende fornecer todos os medicamentos protegidos pelas patentes atuais e futuras da empresa a preço de custo a 45 países de baixo nível de desenvolvimento.