COMO IR:
A Iberia voa para o Cairo, via Madrid. Muitas agências de viagens incluem o Egipto nas suas programações durante todo o ano. Os preços dos programas, que incluem visita às principais atracções turísticas, variam segundo o período escolhido.
DEVE SABER:
Formalidades de entrada – É obrigatório um visto de entrada, com validade mínima de três meses. O visto pode ser requerido na representação diplomática do país (Av. D. Vasco da Gama, 8; tel. 213018301; e-mail: egyptembassy@ip.ptpto) ou obtido à chegada ao Aeroporto Internacional do Cairo.
Quando ir – A época ideal é desde finais de Setembro até Maio. Os Verões são secos e quentes, com temperaturas que alcançam os 40ºC no Alto Egipto.
Idioma – A língua oficial é o árabe, mas nas zonas e serviços turísticos fala-se inglês, francês e espanhol.
Moeda – A moeda oficial é a libra egípcia. Os hotéis principais têm serviço de câmbio 24 horas por dia. Aceitam-se cartões de crédito nos hotéis e estabelecimentos mais importantes. Todo o pagamento é acompanhado de gorjeta (“bakshish”).
Precauções sanitárias – Não é obrigatória nenhuma vacina. É aconselhável beber água engarrafada, evitar a fruta já descascada e cubos de gelo.
O que levar – No Verão, peças de algodão ou linho e no Inverno uma camisola ou casaco. São essenciais calçado desportivo, chapéu, óculos de sol e creme protector. Recomenda-se o uso de roupas discretas, não apertadas e sem decotes; são de evitar os calções (mesmo para os homens), exceptuando nas praias e piscinas.
Segurança – Devem ser acatadas as recomendações das autoridades e ser-se particularmente vigilante em zonas mais frequentadas por turistas, sobretudo no Cairo, Alto Egipto e mar Vermelho. Desaconselha-lhe turismo individual na parte central do Egipto e no interior da Península do Sinai.
VER:
Esta reportagem é dedicada às últimas descobertas do Egipto dos Faraós, pelo que só assinalamos os monumentos pertencentes a este período.
NO CAIRO
Complexo das Pirâmides de Gizé Entre Gizé e o deserto encontram-se, há 4500 anos, as famosas pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos, com a mítica Esfinge. O conjunto alberga um grande número de túmulos e mastabas, para lá do recente achado que é a Cidade Perdida, onde viviam os obreiros deste magnífico jazigo arqueológico.
Museu Egípcio do Cairo Situado no coração da cidade, alberga mais de 100 mil antiguidades e relíquias da história antiga do Egipto, desde o Império Antigo até ao Período Romano. A sua mostra mais emblemática é a sala dos tesouros do túmulo de Tutankamon, uma referência básica.
NOS ARREDORES
Menfis A 60 quilómetros ao sul do Cairo fica a capital do Antigo Egipto (2686-2181 a. C.) e Saqqara, a sua necrópole, com a famosa pirâmide escalonada e muitos túmulos.
Fayum A 100 quilómetros a sudoeste da cidade encontra-se este oásis, o maior do país, apelidado “jardim do Egipto” pela sua riqueza agrícola. Contém complexos dos Períodos Ptolemaico e Romano.
EM LUXOR
A antiga capital do Império Médio, Tebas, é hoje o maior museu da Antiguidade ao ar livre do mundo. Está dividida em duas partes: a cidade propriamente dita e a povoação de Karnak, na margem oriental do Nilo, e a necrópole da antiga Tebas, na margem ocidental. Do lado oriental, destacam-se o Museu de Luxor (hoje com novas secções), o Templo de Luxor, uma imponente estrutura erguida por Amenofis III e o templo de Karnak, um enorme complexo de templos. Na margem ocidental situa-se a imensa necrópole tebana, o mais vasto cemitério da história. Está dividido entre o Vale dos Reis, o Vale das Rainhas e uma vasta série de templos (Ramesseum, Deir el Bahri, Medinet Habu, Colosso de Memnon…).
EM ESNA
O templo greco-romano de Khnum, erguido durante o reinado de Cláudio, é um dos maiores desta época.
EM EDFU
O templo de Horus, de soberbas dimensões e pertencente à dinastia ptolemaica, é um dos maiores do Egipto.
EM KOM OMBO
O templo dual de Sobek e Haroeris é único, porque todas as suas partes são duplas e simétricas. Foi construído no fim da dinastia ptolemaica.
EM ASSUÃO
Cidade fronteiriça situada às portas da Núbia e à histórica porta do Sul, Assuão possui a mais bela localização junto ao Nilo. O seu bastião teve origem na ilha Elefantina, onde se encontra um Nilómetro, enquanto os túmulos dos príncipes e governadores da dinastia VI ficam nas colinas da margem ocidental. Outras atracções são o Templo de Filae, que vai dos séculos iv a. C. ao iii d. C., e o templo de Kalabsha, o mais bem conservado da dinastia núbia. O novo museu de Assuão exibe 5000 objectos pertencentes à civilização núbia.
EM ABU SIMBEL
Cerca de 200 quilómetros a sul de Assuão, ergue-se uma das grandes maravilhas do Antigo Egipto: o Grande Templo de Ramsés II, dedicado ao deus-sol Ra e ao próprio faraó. As suas estátuas sentadas medem 25 metros. O templo está localizado de forma que o Sol nascente ilumine directamente todo o seu interior.
DORMIR:
NO CAIRO
Cairo Marriott – Sharia el Gezira Tel. 00 20 2 340 88 88. Hotel construído para albergar a imperatriz Josefina na inauguração do Canal do Suez.
Hotel Mena House Oberoi – Sharia Al Ahram. Tel. 00 20 2 855 444. Opulento e o mais próximo das pirâmides de Gizé.
Semiramis Intercontinental Corniche el Nil. Tel. 00 20 2 355 71 71. Com todas as comodidades.
EM LUXOR
Winter Palace – Corniche. Tel. 00 20 95 382 222. Hotel lendário construído para atrair a aristocracia do século XIX.
Mövenpick Jolie Ville – Na ilha Crocodilo. Tel. 00 20 95 374 855. Excelente localização, rodeado de jardins tropicais.
EM ASSUÃO
Cataract Hotel – Corniche Tel. 00 20 97 322 016. Elegante hotel vitoriano, com esplêndidas vistas.
Aswan Oberoi – Ilha Elefantina Tel. 00 20 97 323 455. Com todos os serviços modernos.
COMER:
O prato mais típico é a taamia, uma saborosa almôndega feita com massa de fava ou grão, frita e condimentada com ervas e sésamo. A gastronomia egípcia é rica em entradas, como a tahina (creme de beringelas) e o humus (sopa de grão). Outros pratos muito populares são a mulujia, uma sopa de feijão com arroz e alho, o kúsari, um preparado de macarrão, arroz e lentilhas, e o wara aenab, folhas de parreira recheadas de arroz e carne picada. Juntamente com os clássicos kebabs (espetadas de borrego) e koftas (tacos de carne de vaca picada), destacamos ainda o hamaam, um prato de pombo, geralmente estufado.
COMPRAR:
O Egipto é um paraíso para os amantes de compras a bom preço. Cenários do Antigo Egipto e toda a classe de hieróglifos estão representados em cinzeiros, mesas de latão e camisolas, para lá dos omnipresentes papiros. O algodão egípcio é dos melhores do mundo e as suas peças de roupa são de grande qualidade e muito baratas. Há ainda toda a classe de objectos de madeira, granito e pedras semipreciosas, representando a clássica iconografia do Antigo Egipto. A joalharia e os objectos de prata e ouro, assim como o couro e a pele, também são famosos pela sua qualidade e trabalho. O mercado mais famoso do Cairo é o lendário Khan el Khalili, onde se aconselha feroz regateio.
NA REDE:
www.egyptianmuseum.gov.eg Página oficial do Museu Egípcio do Cairo.
www.egipto.com Guia completo do Egipto. Hotéis, mapas, cidades importante, o que ver, conselhos… Inclui informação sobre as últimas descobertas arqueológicas.
www.egyptvoyager.com História, arte, cultura e turismo. Inclui visitas virtuais às principais atracções e contactos úteis.
www.egiptologia.com Informação e actualidade sobre o Antigo Egipto.
LER:
À Descoberta de Egipto – Locais a visitar, história, tradições, percursos, hotéis e restaurantes. Inclui classificação por estrelas, plantas das cidades e um guia prático, da Asa. Na Webboom.
Lonely Planet Egypt – As lendárias pirâmides, a energia do Cairo, a grandiosidade dos monumentos de Luxor, os oásis do deserto e os mistérios do Nilo. Tudo para desfrutar em pleno da viagem. Na Amazon.
Viagem ao Egipto dos Faraós – Do primeiro faraó até à última inscrição hieroglífica, datada do final do século iv da nossa era, desfilam trinta dinastias de soberanos. O autor, Christian Jacq (Asa), apaixonado e profundo conhecedor da cultura egípcia, ajuda-nos a sentir a espiritualidade do Antigo Egipto e a descobrir o significado de pirâmides e túmulos. Na Webboom.
Publicado na edição número 27 da revista “Rotas do Mundo” de Junho de 2007