A Cegid, empresa europeia especializada em ferramentas de gestão empresarial na cloud, anunciou nesta terça-feira a aquisição da tecnológica portuguesa PHC Software, num movimento estratégico para fortalecer a presença em Portugal, Espanha e África lusófona. Com esta operação, a Cegid visa acelerar o crescimento no mercado de software de gestão para pequenas e médias empresas (PME), um segmento em forte expansão na Europa.

Com sede em Oeiras, a PHC Software é um nome destacado no mercado português desde 1989, fornecendo soluções tecnológicas a mais de 37 mil empresas e apoiando 170 mil utilizadores na região ibérica e África. 

Mudança na liderança da PHC

Ricardo Parreira, fundador da PHC Software, descreveu a venda como “estratégica para o futuro da PHC”, lê-se no comunicado de imprensa divulgado. Após liderar a empresa durante décadas, Ricardo Parreira decidiu deixar o cargo para se dedicar a novos projetos. O novo diretor-geral da PHC será João Sampaio, que anteriormente liderava a unidade de negócios internacionais da tecnológica portuguesa.

“É uma honra assumir esta posição e dar continuidade ao legado de excelência da PHC. Juntarmo-nos à Cegid permitirá consolidar o nosso portfólio e aproveitar novas tecnologias, como a Inteligência Artificial Generativa, para impulsionar a nossa oferta e satisfazer ainda mais os nossos clientes e parceiros”, afirmou João Sampaio.

A integração da PHC na Cegid será imediata, com João Sampaio e a equipa a reportarem diretamente a Javier Torres Ramirez, diretor-geral da Cegid para a Ibéria, América Latina e África lusófona. Pascal Houillon, diretor executivo da Cegid, destacou que a PHC se alinha perfeitamente com os objetivos da empresa, e anunciou a mobilização do Centro de Excelência em Inteligência Artificial, localizado em Braga, para suportar esta expansão.

“A PHC Software reforça a nossa posição como líder na região ibérica e na Europa, particularmente no segmento das PME. Esta aquisição traz sinergias significativas e permitirá oferecer ainda mais valor aos nossos clientes, combinando inovação tecnológica com uma equipa experiente e dedicada”, afirmou Houillon.

Aquisições estratégicas recentes

A aquisição da PHC integra uma estratégia de expansão mais ampla da Cegid, que recentemente adquiriu a EBP em França, a Microdata em Espanha, e estabeleceu um acordo de exclusividade para a compra da Sevdesk na Alemanha.

Com esta operação, a Cegid continua a consolidar a sua posição como uma das principais empresas de software de gestão na Europa, apostando no crescimento sustentável e no apoio à transformação digital das PME.

A Europol pretende reavivar a pressão sobre as empresas tecnológicas para que estas cooperem com as autoridades no desbloqueio de mensagens encriptadas. A diretora executiva da Europol, Catherine De Bolle, considera que a falta de acesso a este tipo de comunicação compromete investigações criminais e ameaça a democracia europeia. A questão será um dos temas centrais nas reuniões que a Europol terá com representantes das grandes tecnológicas durante o Fórum Económico Mundial, que decorre esta semana em Davos, na Suíça.

O uso de encriptação de ponto a ponto em plataformas de mensagens, como WhatsApp, Signal e iMessage, tem gerado tensões entre forças de segurança, governos e as empresas de tecnologia. Para as autoridades, esta tecnologia dificulta a obtenção de provas em investigações, uma vez que impede o acesso às mensagens enviadas por suspeitos de crimes. Por outro lado, as empresas tecnológicas defendem que enfraquecer a encriptação compromete a privacidade e a segurança de milhões de utilizadores.

De acordo com o jornal britânico Financial Times, a diretora da Europol afirma que “o anonimato não é um direito fundamental. Quando temos um mandado de busca e estamos diante de uma casa trancada, sabendo que o criminoso está lá dentro, a população não aceitará que não possamos entrar”, fazendo uma comparação com a situação das mensagens encriptadas nas plataformas digitais. Assim como não se aceita que as autoridades não possam entrar numa casa com um mandado, também não deveria ser aceitável que as investigações sejam bloqueadas pelo acesso a comunicações protegidas, defende.

No ano passado, chefes das polícias europeias apelaram a governos e empresas para que encontrassem soluções que garantissem a eficácia das investigações sem pôr em causa os direitos fundamentais das pessoas. No entanto, propostas legislativas, como a de combate de conteúdos online de abuso sexual infantil, continuam bloqueadas em alguns países da União Europeia, incluindo a Alemanha, devido a preocupações com a privacidade.

Inteligência Artificial e novas ameaças

A Europol também está a explorar o uso de Inteligência Artificial para otimizar investigações e monitorizar novas formas de ameaça, como as chamadas “ameaças híbridas”. Entre estas, incluem-se alegações recentes de sabotagem de infraestruturas por estados estrangeiros, como o corte de cabos submarinos no Mar Báltico. No entanto, a legislação atual impede a Europol de investigar crimes atribuídos a estados soberanos que não pertençam à União Europeia (UE), sendo necessário um novo enquadramento legal para ampliar o seu mandato.

Resultados alcançados e colaborações internacionais

Nos últimos anos, a Europol destacou-se em investigações como a descodificação de mensagens encriptadas nas plataformas EncroChat e Sky ECC, utilizadas por redes criminosas. Estas operações resultaram em milhares de detenções e processos judiciais, incluindo o maior julgamento criminal da história da Bélgica, que levou à condenação de mais de 100 pessoas.

A agência, que duplicou o número de funcionários desde 2018, mantém colaborações estreitas com países fora da União Europeia, como o Reino Unido e os Estados Unidos. No último ano, foi peça-chave na desativação do grupo de ransomware LockBit, em parceria com o FBI e o Departamento de Justiça norte-americano.

A Europol publicará em março o relatório quadrienal sobre crime organizado na UE.

Que chapéu! De «matador» espanhol. Melania Trump no centro das atenções. Algum significado oculto? Quem sabe! Uns dizem que é um grito de protesto. Não quer voltar à Casa Branca. Chega! Já bastou o que passou. As abas? A cobrir os olhos. Mensagem clara: não quer ver, não quer saber.

Outros discordam. Ela nunca falha no estilo. Sempre a impressionar. Sempre impecável. Um ícone, goste-se ou não. Foi inesperado. Enigmático. Todos se concentraram nela. Não no marido. Eclipsou Trump. É verdade. Impossível negar.

Entrado na Rotunda, Trump bem tentou beijá-la. Nada. Zero. As abas impediam. Ela não quer ser a 47.ª primeira-dama. Já decidiu. E deixou a mensagem clara.

Mar-a-Lago será o refúgio. Ou Nova Iorque. Washington? Só em casos extremos. Necessidade absoluta. Trump ficará mais solto. Mais agitado. Mais ordens executivas. Mais agarrado às televisões. Mais Coca-Cola.

O chapéu. Que peça! Fez furor. Um sucesso. Réplicas por todo o lado. Mas atenção! Não é para todas e todos. Só num rosto esguio. Fechado. Oculto. Impressionante, de qualquer forma.

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“O Conselho congratula-se com o plano estrutural orçamental a médio prazo de Portugal e considera que a sua aplicação integral contribuirá para assegurar a solidez das finanças públicas e apoiar a sustentabilidade da dívida pública, bem como um crescimento sustentável e inclusivo”, lê-se na recomendação aprovada esta terça-feira pelos ministros das Finanças da UE, numa reunião em Bruxelas.

“O Conselho espera que Portugal esteja pronto a ajustar a sua estratégia orçamental, se necessário, para assegurar o cumprimento da sua trajetória de despesas líquidas. O Conselho decide acompanhar de perto a evolução económica e orçamental, incluindo a que está subjacente ao cenário do plano”, acrescenta o documento.

A aprovação surge depois de, no final de novembro, a Comissão Europeia ter dado aval ao primeiro plano orçamental a médio prazo com objetivos para despesas e investimentos e reformas, enviado por Lisboa a Bruxelas em meados de outubro, ao abrigo das novas regras orçamentais da UE, em que o Governo apontava para um crescimento das despesas líquidas igual ou inferior a 3,6% no período 2025-2028, percentagem que coincide com a trajetória de referência transmitida pela Comissão Europeia às autoridades portuguesas. Nesse plano, o Governo estima um crescimento económico de 2,1% em 2025, de 2,2% em 2026, de 1,7% em 2027 e 1,8% em 2028.


De acordo com o site WABetaInf, está a ser preparada uma nova atualização da aplicação de comunicação da Meta, o WhatsApp, que vai permitir aos seus utilizadores adicionar músicas às atualizações de estado. A atualização está incorporada na versão beta do WhatsApp para Android 2.25.2.5 – ainda em fase de testes – e possibilita que os utilizadores adicionem músicas a esta ferramenta através de um “botão”, com um símbolo de uma nota musical.

As atualizações de estado são uma ferramenta de partilha de vídeos e fotografias da app – disponíveis apenas durante apenas 24 horas – com um funcionamento muito semelhante às “stories” do Instagram e Facebook. É ainda possível adicionar “stickers”, texto ou desenhos às imagens publicadas.

O novo botão é o resultado de um acordo entre a dona do WhatsApp e a Universal Music Group (UMG), celebrado em agosto de 2024, para trazer as músicas da produtora às plataformas da Meta.

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O Observatório Europeu do Sul (OES) anunciou esta terça-feira que uma equipa internacional de astrónomos foi capaz de detetar “ventos supersónicos extremos”, os mais rápidos alguma vez medidos num planeta, com a capacidade de atingir os 33 mil quilómetros por hora. A equipa recorreu ao telescópio VLT, do OES, no Chile, para a descoberta que foi publicada hoje na revista científica Astronomy & Astrophysics. “Este sinal mostra-nos que existe um vento de jato muito rápido, supersónico, que circula em torno do equador do planeta”, referiu Lisa Nortmann, cientista da Universidade de Göttingen, Alemanha, e principal autora do estudo.

O fenómeno foi detetado no equador do planeta WASP-127b, um gigante gasoso situado fora do Sistema Solar, descoberto em 2016, a uma distância de mais de 500 anos-luz do planeta Terra. “Compreender a dinâmica destes exoplanetas ajuda-nos a explorar mecanismos como a redistribuição de calor e processos químicos, melhorando a nossa compreensão da formação planetária e potencialmente lançando luz sobre as origens do nosso próprio Sistema Solar”, explicou David Cont, da Universidade Ludwig Maximilian de Munique, na Alemanha, que também esteve envolvido no projeto.

Para a descoberta, a equipa mapeou o clima e a composição do WASP-127b, tendo verificado a presença de moléculas de vapor de água e monóxido de carbono na atmosfera do planeta. Segundo as suas conclusões, as regiões polares são mais frias no WASP-127b.

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Vivemos numa era de constante inovação tecnológica, com a Inteligência Artificial (IA) na vanguarda da mudança e a ser um dos principais motores dessa evolução. Segundo as previsões recentes da IDC, no “The Worldwide AI and Generative AI Spending Guide”, até 2028, o investimento global nesta tecnologia deverá ultrapassar os 700 mil milhões de euros, o que, a concretizar-se, reflete o seu crescente impacto e potencial nas empresas em todo o mundo. Consequentemente, em 2030, estima-se que esse investimento tenha um impacto económico mundial significativo, impulsionando 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) global, revela o “The Global Impact of Artificial Intelligence on the Economy and Jobs”.

Mas, enquanto 2024 ficou marcado por avanços tecnológicos significativos no âmbito da IA, como a adoção generalizada da GenAI e por discussões e debates sobre a sua utilidade, 2025 promete ser o ano em que as empresas dão o próximo passo na sua jornada tecnológica: aplicam na prática muitos dos conceitos que até então estavam em fase de provas de conceito – projetos-piloto e discussões sobre use cases – e redefinem processos e estratégias, trazendo a inovação real para o seu dia a dia. Por outras palavras, o foco deixará de ser a hiperexperimentação e passará a ser a adoção e reinvenção de modelos de negócio, processos, formas de trabalhar, de interação com clientes e diferentes stakeholders.

Em 2025, assistiremos à proliferação dos AI Agents, ou agentes de Inteligência Artificial, com um elevado grau de autonomia. Estes são projetados para executar tarefas de forma independente, permitindo às empresas tomar decisões sem a intervenção humana e até mesmo desenvolver software e otimizar processos de forma autónoma. Segundo dados da IDC, até 2028, 15% das decisões corporativas serão tomadas por estes AI Agents.

Para além dos AI Agents, Data-as-a-Product (DaaP) surge igualmente como uma tendência relevante e um dos maiores desafios para as organizações, nos próximos anos. A forma como as empresas lidam com os seus dados, tratando-os como ativos estratégicos – que, por esse motivo, são vistos como um recurso valioso que deve ser bem gerido – e a criação de um sistema de governance robusto serão cruciais. A IA será fundamental neste processo, com plataformas a gerar insights práticos e a assegurar que os dados são utilizados de maneira responsável e em conformidade com as normas éticas.

Passada a ‘febre’ inicial em torno do AI e da GenAI, o grande desafio para 2025 é saber tirar partido de todo o seu potencial. O início do novo ano, altura em que refletimos sobre as tendências que vão moldar o futuro, é o momento ideal para nos questionarmos até que ponto as nossas empresas estão realmente preparadas para acompanhar a transformação tecnológica que se avizinha. O sucesso de 2025 dependerá da capacidade de estas abraçarem a inovação de forma consciente, garantindo que a transformação tecnológica, não apenas impulsione os negócios, como também contribua para um futuro mais justo e sustentável.

De acordo com uma notícia avançada pelo Observador, Álvaro Santos Almeida, antigo presidente da Entidade Reguladora da Saúde, vai substituir Gandra d’Almeida como diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Gandra d’Almeida, que liderava o SNS desde maio, pediu a demissão na passada sexta-feira após se ter ficado a conhecer, através de uma investigação jornalística, que acumulou, durante mais de dois anos, funções de forma irregular.

Álvaro Santos Almeida, antigo deputado do PSD, é professor associado na Faculdade de Economia da Universidade do Porto e desempenhou funções, entre 2005 e 2010, enquanto presidente da Entidade Reguladora da Saúde (ERS). Almeida foi ainda candidato à Câmara Municipal do Porto nas eleições autárquicas de 2017. 

De acordo com o órgão de comunicação português, o novo diretor do SNS terá orientações para cumprir as alterações no modelo de organização que o Programa de Governo já previa.

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O final do ano de 2024 ficou marcado, na comunidade internacional da economia da felicidade, pelo falecimento de Richard Easterlin, o economista norte-americano conhecido como o “pai da economia da felicidade”. Esse epíteto deve-se ao facto de ele ter sido o primeiro economista, em 1974, a olhar para dados de bem-estar subjectivo (a felicidade reportada pelos indivíduos) e contrastá-los com dados económicos, como o rendimento individual ou o rendimento das nações. Nessa altura, e com os dados de que dispunha, Easterlin conseguiu observar um facto relevante: apesar de, dentro de uma nação, as pessoas com mais rendimento reportarem, consistentemente, mais felicidade do que as pessoas com menos rendimento, tal relação positiva entre rendimento e felicidade já era menos notória se comparássemos nações (umas mais ricas com outras mais pobres), ou se olhássemos para uma nação ao longo do tempo (neste caso, os EUA, que via o seu rendimento nacional a crescer continuadamente sem que isso se refletisse num correspondente crescimento da felicidade dos norte-americanos). Esta constatação empírica, que veio a ficar conhecida como “paradoxo de Easterlin” alertava para a complexidade da relação entre rendimento e felicidade, algo que os economistas tendiam a ignorar, adotando a simplificação de que “quanto mais rendimento, mais felicidade”.

Embora esse estudo tenha tido pouca ressonância, à época, o mesmo veio a ser redescoberto, em meados dos anos 90 do séc. XX, por economistas que estavam a usar dados de bem-estar subjectivo nas suas análises económicas.

No final do séc. XX, com muitos mais dados e ferramentas estatísticas, esses economistas puderam prosseguir o caminho que Easterlin tinha iniciado, tentando perceber se ele tinha razão, se se mantinha o tal paradoxo e o muito mais que se podia dizer sobre a relação entre felicidade e a dimensão económica da vida. E sim, o paradoxo mantém-se, na medida em que não é linear a relação entre rendimento e felicidade, seja porque o rendimento médio da sociedade afeta o benefício que um dado rendimento individual gera, seja porque há muitas dimensões da felicidade que o rendimento não consegue comprar (como o amor) ou que são prejudicadas quando temos que gerar esse mesmo rendimento (como o lazer).

A partir dessa data, dá-se uma explosão na investigação das relações entre o bem-estar subjectivo e os seus determinantes individuais, sociais, demográficos e económicos. E não mais tem parado a investigação sobre a felicidade, mesmo dentro da ciência económica, que desde o início do séc. XX sempre foi avessa a aceitar dados subjetivos. O próprio Richard Easterlin acompanhou a onda e retomou a investigação sobre o tema, tendo-o feito quase até à sua morte, já com mais de 90 anos de idade. Apesar da sua morte (e a de outro pioneiro dos estudos da felicidade, o sociólogo neerlandês Ruut Veenhoven), a comunidade internacional que estuda a felicidade (e a economia da felicidade em particular) está bem e recomenda-se, com novos resultados a surgirem a cada dia.

Na ciência económica, falta ainda a incorporação destes resultados empíricos nas teorias básicas que explicam a relação entre rendimento e bem-estar e na correspondente transferência para o âmbito das políticas económicas e públicas. É precisamente essa a longa vida de Easterlin que agora precisamos.

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Nas últimas horas, um vídeo do empresário norte-americano Elon Musk tem gerado muita polémica pelas redes sociais e dividido opiniões. No vídeo, o dono da Space X e da Tesla, faz, por duas vezes, uma saudação que está a ser descrita por muitos como “fascista” ou “nazi”.

O multimilionário encontrava-se a discursar no complexo Capital One Arena, em Washington, no âmbito das celebrações da tomada de posse de Trump enquanto 47.º Presidente dos Estados Unidos. Após agradecer aos presentes a eleição do republicano para um segundo mandato, Elon Musk bateu no peito com a mão direita e estendeu o braço com a palma da mão aberta, voltando a repetir o gesto logo a seguir, para a multidão que se encontrava atrás do palco. Para muitos, o gesto de Musk assemelha-se bastante a uma saudação nazi, no entanto, outros afirmam que não este não passa de um “gesto desajeitado”.

Vários historiadores e meios de comunicação internacionais já falaram sobre a situação, por exemplo, o jornal israelita Haaretz e o britânico Guardian afirmam que o Musk “parecia” ter feito uma saudação “fascista” ou de “estilo fascista”. A historiadora Claire Aubin, especialista em nazismo e neonazismo nos Estados Unidos, não tem dúvidas e garantiu à Agência France Presse que o gesto de Elon Musk foi uma saudação nazi.

O dono da Tesla e da Space X nega, contudo, que que o seu gesto se tenha tratado de uma saudação nazi e alega estar a ser alvo de um “golpe sujo”. “Francamente. Eles precisam de melhores golpes sujos. O ataque ‘toda a gente é Hitler’ está tão esgotado”, escreveu o magnata numa publicação na rede social X, da qual é proprietário.

Segundo a revista norte-americana Wired, o gesto de ELon Musk agradou muitas figuras de extrema-direita nos Estados Unidos. Por exemplo, o colunista Evan Kilgore saudou o multimilionário por ter feito “um gesto incrível”. Nas últimas semanas, Musk tem vido a declarar o seu apoio a partidos de extrema-direita, incluindo o alemão AfD, ao partido anti-imigração britânico Reform UK e a Giorgia Meloni, primeira-ministra italiana de extrema-direita.

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