Lisboa, 25 Mar (Lusa) – Portugal é o país com mais assinantes a usarem operadores alternativos para acesso directo e é também o que pratica preços mais baixos no espaço comunitário, de acordo com um relatório da Comissão Europeia publicado hoje.
Portugal é um dos países com maior implementação de acessos móveis de banda larga, tendo atingido uma taxa de penetração de 12,1 por cento em Janeiro deste ano.
O crescimento do mercado de banda larga e a cobertura elevada das zonas rurais (cerca de 50 por cento) são os motivos apontados pela Comissão para os resultados positivos de Portugal, em termos de acesso às telecomunicações.
Também o aumento da concorrência nos mercados de rede fixa e banda larga e o aparecimento de novas ofertas contribuíram para o desempenho de Portugal.
De acordo com o relatório, que apresenta o quadro das comunicações electrónicas actual no mercado único europeu, o serviço móvel em Portugal cresceu 14,63 por cento em 2008, tendo registado em Outubro uma penetração média de 136,9 por cento, um valor superior à média europeia.
Em termos de preços, os serviços móveis de voz situam-se dentro da média europeia, sendo os serviços pré-pagos os que registam maior número de clientes (72 por cento), uma das percentagens mais altas da União.
Os preços dos acessos desagregados em Portugal são “dos mais baixos em toda a União Europeia”, estando “as tarifas grossistas de terminação móvel abaixo da média da União”.
A Comissão entende, no entanto, que a Autoridade Nacional de Comunicações, entidade reguladora do mercado de comunicações em Portugal, deve ter “mais pró-actividade designadamente quanto à ultimação das análises de mercado”.
Relativamente à situação do sector no conjunto da UE, a Comissão considerou que a Europa é líder mundial nos serviços móveis, “com uma penetração de 119 por cento, um aumento de sete pontos percentuais em relação a 2007”, à frente dos Estados Unidos (87 por cento) e do Japão (84 por cento).
O sector das telecomunicações representa 3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) da UE, estimando-se que as suas receitas em 2008 foram superiores a 300 mil milhões de euros, mais 1,3 por cento em relação a 2007.
O montante médio de uma factura de telefonia móvel no espaço comunitário baixou de 21,48 euros para 19,49 euros em 2008 e “75 por cento dos consumidores europeus dispõem de ligações à Internet de, pelo menos, 2 megabits por segundo”.
NZD.
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