Letras

Tem percorrido, com os seus romances, partes significativas da geografia e do passado do seu país, contribuindo para a construção de uma identidade coletiva de Angola. Estreia-se agora num novo território da região, o planalto central, espaço mítico e de reinos antiquíssimos ainda hoje existentes. É aí que história e ficção se entrelaçam numa reflexão sobre a ideia de pertença, de raça e de religião, assente em personagens com múltiplas camadas. Editado pela Quetzal, Mestre dos Batuques marca o regresso ao romance de um dos grandes nomes da literatura em língua portuguesa, com obra consagrada e premiada no universo da lusofonia e não só. Antecipando a chegada do livro às livrarias no próximo dia 26, o JL entrevista o escritor

Entrevista com um escritor que também é editor, um poeta que se distingue igualmente pela prosa, um homem de letras formado na área das ciências

No último mês do verão, há ainda feiras e festas do livro, de norte a sul do país

Na semana em que o JL dedica o tema da edição aos músicos brasileiros a residir em Portugal, publica-se o seguinte artigo sobre a presença, também cada vez mais evidente, de escritores, editoras e livrarias brasileiras no nosso país

Poeta tardia e discreta, Luísa Freire escreve mesmo quando não escreve, como revela, em entrevista, ao JL

A trienal reunião magna da Associação Internacional de Lusitanistas (AIL) vai decorrer no Porto de 22 a 26 de julho, com mais de 200 participantes de cerca de duas dezenas de países. O JL publica as respostas a um inquérito de quatro antigos presidentes da instituição, e figuras bem conhecidas

Entrevista à jornalista Luciana Leiderfarb, autora de "Eduardo antes de ser Lourenço", no qual dá a lume textos da juventude do escritor-ensaísta, filósofo-pensador, na sua grande maioria inéditos, que estão no seu acervo na Biblioteca Nacional

Considerada por muitos como a maior poeta brasileira viva, também autora de livros de contos e romances, acaba de ser distinguida com o Prémio Camões 2024. O JL recorda o seu percurso e presença editorial em Portugal

A Palavra que Resta é o primeiro romance de língua portuguesa a ganhar um dos mais importantes prémios do universo anglo-saxónico, o National Book Award (na categoria de obra traduzida). Entrevista com o autor, Stênio Gardel, que estará em Portugal no início de julho a participar na Maratona de Leitura da Sertã

Recordamos aqui a 'autobiografia' que Casimiro de Brito escreve para o JL em 2006 (JL 934)

Os dias da prosa, crítica literária de Miguel Real

Um pequeno livro cheio de vida lá dentro: a reincidência da poeta Filipa Leal, na prosa, com O Vestido de Noiva

A duas semanas da abertura da Feira do Livro de Lisboa, o JL falou com Pedro Sobral, presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), a entidade organizadora do evento

O poeta, ficcionista, tradutor e ensaísta regressa ao romance com "Sonata para Surdos", uma narrativa entre Veneza e o Alentejo, entre a teoria e a vida, a criação própria e a alheia. Entrevista com um autor particularmente atento “ao discurso avariado ou quebrado”

Depois de Bogotá, em 2013, e de Guadalajara, em 2018, a literatura portuguesa volta a estar em destaque no universo hispano- falante: a capital portuguesa é a convidada de honra da Feira Internacional do Livro de Buenos Aires, a quinta maior do mundo, aberta ao público até ao dia 13

Alvorada em Abril, de Otelo Saraiva de Carvalho (Biblioteca Ulmeiro, 1984), é um livro indispensável para uma leitura do que aconteceu no 25 de Abril de 1974. A partir do Alvorada em Abril é possível programar um alinhamento dos acontecimentos, encontrar a arma que explica o êxito do golpe militar: a surpresa. O poder, os altos funcionários do Estado, todos dormiam enquanto, sem saberem, eram destituídos.

Vim à cidade para tomar a cidade. Visito ruas e casas para vigiar o sono, o silêncio, a tranquilidade das ruas e das casas. Ocuparei posições nos bairros antigos de Lisboa, cercando as ruas baixas que vão do Rossio ao movimento secreto dos barcos no rio

Este é o aniversário que me importa. O aniversário do meu país que me importa. Todos os outros foram apenas a preparação para este, que se impõe, como se 800 anos apenas ensaiassem a glória de chegar a 1974.

Poeta, ensaísta e colaborador do JL, Eugénio Lisboa faleceu no passado dia 9. Republicamos aqui a autobiografia que escreveu para o JL 979, em 2008

O tom é elegíaco e melancólico, por vezes triste e sombrio, mas na justa medida em que, por contraste, também se afirma lúdico, divertido e alegre. Em O Quarto Vazio, o poeta espanhol Juan Vicente Piqueras assinala a fugacidade da condição humana e algumas perdas recentes, apenas para celebrar o milagre de estar vivo e as oportunidades que se abrem a todo o momento. Assume-se, por isso, como um “caçador de instantes” e das pequenas surpresas do dia-a-dia.

Republicamos aqui uma entrevista feita por Clara Ferreira Alves a Artur Jorge, no JL 53, de 1983, a propósito do lançamento do seu primeiro livro de poesia, Vértice da Água