É o maior promotor imobiliário, um estatuto que conquistou em apenas três anos e assente numa carteira onde se incluem o projeto da Herdade da Comporta (a antiga joia da coroa dos Espírito Santo) e o edifício Castilho 203, que integra o apartamento mais caro de Portugal (acima de 7 milhões), adquirido por Cristiano Ronaldo.
Mas a Vanguard Properties quer marcar também pelo seu contributo social e tem vindo a desdobrar-se em iniciativas com um impacto direto expressivo junto da sociedade. E em apenas três anos já aplicou mais de três milhões de euros, ou seja, um milhão por ano, em causas sociais.
Apenas um mês após ter anunciado que é um dos fundadores mecenas da prestigiada escola de programação 42, muito orientada para os jovens que não seguem o ensino superior, a Vanguard divulgou agora imagens daquela que vai ser a igreja da aldeia da Muda, um equipamento inteiramente financiado pela empresa e que vai dar apoio aos moradores desta localidade na Comporta, onde se encontra em construção um dos seus projetos, o Muda Reserve.
“Desde o primeiro momento em que entrámos no mercado português (março de 2017), sempre foi para nós um objetivo estratégico criar uma marca que fosse reconhecida não só no setor em que se insere mas também entre o público em geral. Não nos basta estar presente como uma empresa que manda construir e vende imóveis. A Vanguard tem tido grande sucesso em Portugal e por isso temos a preocupação também de devolver à sociedade uma quota parte dos nossos lucros investindo em iniciativas que fazem a diferença”, diz à Visão José Cardoso Botelho, diretor-executivo da Vanguard e braço-direito de Claude Berda, o multimilionário francês que fundou a empresa.
E assim tem sido em várias vertentes. Em 2018 a empresa lançou a Vanguard Stars, que tem como objetivo apoiar o desporto nacional, especialmente as camadas jovens, promovendo a prática desportiva através da organização de diversos torneios de ténis nacionais e internacionais. Uma iniciativa que vai já na sua terceira edição e que este ano contou com 600 jogadores que participaram em 750 partidas.
Em 2019, quando foi lançado o projeto Muda Reserve, um formato inovador que integra não só casas e villas mas mais de 40 quintas de luxo, soube-se que a empresa iria construir uma igreja para ser frequentada não só pelos futuros moradores mas também pelos atuais residentes da aldeia. As primeiras imagens deste projeto assinado pelo arquiteto Miguel Saraiva foram divulgadas esta semana.
Já este ano, a empresa recebeu vários pedidos de ajuda por parte de autarquias, alguns relacionados com a pandemia e necessidades hospitalares, entre os quais o equipamento radiológico para exames Raio-X para o Hospital do Litoral Alentejano (que a Vanguard acabaria por adquirir a uma empresa alemã) ou a viatura médica 4×4 para o centro de Saúde de Alcácer do Sal, que consegue agora assegurar atendimento em certas zonas do concelho com acesso mais difícil.
Em julho passado, novo desafio, desta vez, na vertente educacional: a Vanguard foi solicitada a apoiar a Escola 42, a prestigiada escola de programação fundada em Paris em 2013 por Xavier Niel, inteiramente gratuita para os estudantes e presente em 19 cidades em todo o mundo, e que por cá vai ser dirigida por Pedro Santa Clara, o grande impulsionador do Campus da NOVA SBE em Carcavelos. Só para este projeto a empresa contribuiu com 1.250 milhões tornando-se um dos três fundadores mecenas (a par do Banco Santander e da empresária sino-americana, Ming C. Hsu) e assegurando o funcionamento da instituição para os próximos cinco anos.
“É um conceito absolutamente extraordinário e que já conhecíamos. Quando o professor Pedro Santa Clara nos telefonou a desafiar a participar, imediatamente aceitámos. Em França, onde já se formaram mais de 25 mil pessoas, a escola tem sido um elevador social absolutamente incrível para muitos jovens, 40% dos quais não tinham o 12º ano nem intenções de prosseguir os estudos. Espero que em Portugal se verifique o mesmo”, sublinhou Cardoso Botelho, adiantando que a escola 42 recebe mais candidaturas do que qualquer ensino superior de Educação.
Uma instituição que surgiu no momento certo, garante. “A pandemia estimulou a digitalização da economia e esta Escola vem ajudar a formar mais pessoas nesta área, algo que em Portugal fazia muito falta”, reforçou ainda o diretor-executivo da Vanguard Properties, acrescentando que este é o tipo de iniciativas que se encaixam na estratégia de responsabilidade social da empresa. “Preferimos, sempre que possível, oferecer a cana de pesca e ensinar a pescar em vez de dar o peixe. E a escola 42 enquadra-se bem neste conceito”, rematou ainda o gestor.