Numa altura em que continua a crescer a contestação contra a Pornhub, a conta de Instagram da empresa de pornografia acaba de ser eliminada. A comunicação é feita pela própria Instagram que explica que a conta foi removida porque “vai contra as nossas Regras de Comunidade”, embora não sejam detalhadas as infrações cometidas. A conta em questão tinha 13,1 milhões de seguidores e publicava conteúdo que podia ser visto em qualquer local, com divulgação dos vídeos da plataforma e dos artistas.
Laila Mickelwait, fundadora do movimento ‘TraffickingHub’ saúda a decisão. Mickelwait lidera uma organização que pretende “desligar o Pornhub e responsabilizar os seus executivos por permitirem, distribuírem e lucrarem com violações, abusos infantis, tráfico sexual e abusos sexuais com base em imagens criminosas”. Os críticos de Mickelwait apontam as suas ligações a um movimento cristão que defende a total abolição da indústria do sexo e da pornografia comercial. A campanha do TraffickingHub e o nome de Mickelwait aparecem mesmo associadas ao movimento Exodus Cry, um grupo ‘abolicionista’ cristão.
Embora afirmando que a Instagram e a Meta tomaram “a decisão certa ao cortar relações com a Pornhub”, Mickelwait encoraja outras tecnológicas como a Google, Amazon ou Microsoft a seguirem o exemplo.
A Pornhub tem estado envolta em polémica nos últimos meses, com a Visa e a Mastercard a deixarem de processar pagamentos para o site e com as saídas dos CEO e COO da empresa. As acusações incidem sobre a facilidade de distribuição de material de abuso sexual de menores e de contribuir para um ecossistema em que raparigas e mulheres são vítimas de tráfico sexual.