Tim Ellis, ex-Blue Origin, é o CEO da Relativity Space e escreveu no Twitter que a startup bateu o recorde de testes de motor feitos apenas num dia – com nove no total – ao foguetão criado numa impressora 3D. A empresa propõe um processo de construção mais barato do que o que existe atualmente, mas igualmente eficiente e que assenta na produção de componentes em impressoras 3D. A fábrica onde o Terran-R está a ser desenvolvido, chamada Stargate, tem capacidade para criar praticamente todos os componentes do veículo em impressão 3D e há alegações de que todo o processo, desde a recolha dos materiais até à entrega do foguetão, pode ser feito em apenas 60 dias.
Os dados técnicos do primeiro projeto, o Terran-1, mostram um foguetão de dois estágios, desenhado para lançar pequenos satélites em baixa órbita da Terra. O primeiro estágio conta com nove propulsores Aeon-1, cada um produzido cerca de 100 quilonewtons de força e o segundo estágio tem um único motor Aeon-1 Vacuum que produz 126 qn.
A Relativity Space foi fundada em 2015 e conseguiu angariar cerca de 1200 milhões de dólares em investimento em apenas oito meses. A estratégia de imprimir quase todos os componentes dos foguetões em impressoras 3D tem intrigado e atraído os investidores. A utilização de robôs no método de produção vai permitir à empresa integrar rapidamente mudanças aplicadas aos desenhos dos foguetões.
Agora, sem um grande teste real, o projeto não passa ainda de uma ideia. Ellis assume à CNN saber que a fasquia está alta. “Temos de mostrar o que temos. Mas grandes partes do foguetão já voaram numa missão simulada no terreno e estamos confiantes de que passamos a barreira de que o foguetão impresso em 3D é verdadeiramente inevitável”.
Com o apoio (e fundos) de gigantes como a Fidelity e a BlackRock, a Relativity Space conseguiu aumentar de 100 para 600 funcionários e realizar muitas contratações nas equipas de engenheiros da SpaceX, da Blue Origin ou da Microsoft.
A startup planeava ter o primeiro lançamento em finais de 2021, mas anuncia agora “início de 2022” como uma data possível, sem concretizar mais.