Já são conhecidos os resultados do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional de 2020 (IPCTN20) – informação estatística oficial sobre recursos humanos e financeiros em relação a atividades de Investigação e Desenvolvimento (I&D): o destaque vai para os 3.236 milhões de euros de despesa total em atividades de I&D registados no País no ano passado, o que equivale a 1,62% do PIB nacional.
Com o valor mais alto de sempre, a despesa total em I&D cresceu 8% em relação a 2019, o que corresponde a mais 244 milhões de euros, e soma o quinto ano consecutivo de crescimento, superando, pela primeira vez, os três mil milhões de euros.
O setor das empresas é aquele no qual o investimento mais cresceu (17%, o que corresponde a 273 milhões de euros), sendo que 4300 empresas registaram, em 2020, atividades de I&D, o que significou um aumento de 541 empresas, mais 14% em relação ao ano anterior.
A despesa do setor representa 0,92% do PIB, totalizando 1.844 milhões de euros gastos em 2020, 57% da despesa total em I&D. O valor da despesa total aumentou 8,1% face a 2019, e Portugal tornou-se, segundo o relatório, o segundo país da União Europeia em que a despesa absoluta em milhões apresenta uma taxa de crescimento mais elevada.

Por outro lado, o número de investigadores na população ativa portuguesa aumentou em 2020, com 10,3 investigadores por cada mil ativos, mais 0,7 do que em 2019. Com 53.174 investigadores em tempo integral (ETI), mais 3.008 em relação a 2019, 28.740 são do Ensino Superior (54%) e 21.979 são investigadores de empresas (41%). Já os recursos humanos (investigadores, técnicos e outros profissionais), atingem as 12,8 pessoas por mil ativos, contando com 66.044, dos quais 30.872 pertencem às empresas.
O IPCTN é publicado, anualmente, pela Direção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência (DGEEC), com base nas metodologias harmonizadas internacionalmente pelo EUROSTAT e a OCDE.