O Instituto Federal de Investigação Populacional – numa tradução muito livre – e a Universidade de Estocolmo apresentaram, no mês passado, dados preliminares que revelam que a taxa de natalidade da Alemanha terá resvalado para 1.36 no último trimestre de 2023. É o valor mais baixo em mais de uma década. Para referência: é necessário garantir uma taxa de natalidade de 2.1 para que se mantenha a população nos níveis atuais.
Os dados sobre a sociedade germânica não surpreendem, apesar de tudo. Também no Japão e na Coreia do Sul os nascimentos desceram para níveis recorde, e nos EUA a taxa de natalidade continua abaixo da referência – 1.84, em 2022, um valor ligeiramente superior ao do ano anterior, mas ainda assim aquém do necessário.
Dados das Nações Unidas, citados num artigo assinado por Bradley Schurman, reconhecido demógrafo, dão conta de que, nos países europeus, os nascimentos deverão cair cerca de 20% até 2050. Segundo o especialista, a perda de população na Europa e na Ásia poderá ser na ordem das 250 milhões de pessoas ao longo dos próximos 25 anos. Uma situação que vai alterar profundamente a sociedade e que vai impactar fortemente muitos setores da economia.
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