A inspiração partiu de Carnaval dos Animais, composto em 1886 por Camille Saint-Saëns (1835-1921), mas o caminho escolhido foi o da construção de um cadavre-exquis da autoria de vários compositores portugueses contemporâneos.
A partir dos catorze movimentos musicais de Carnaval dos Animais, cada compositor criou a sua peça tendo apenas acesso à parte final da criação do compositor que o antecedeu.
Com direção e coreografia de Victor Hugo Pontes, Carnaval questiona a máscara, o fingimento e a mentira, mas também a peripécia através de animais e seres imaginários que questionam sentimentos profundamente humanos.
Com estreia agendada para 16 de junho, no Teatro Camões, em Lisboa, Carnaval será apresentado num ensaio geral solidário no dia 15, quarta-feira, e irá angariar fundos para o BUS – Bens de Utilidade Social, que faz a ponte entre empresas e pessoas que doam bens que já não precisam a instituições socias; o IPO de Lisboa, que irá investir o donativo em pinças para biopsias em otorrinolaringologia; a Fundação Champagnat, que gere a Casa da Criança de Tires, uma instituição de acolhimento de crianças em situação de risco; e a Fundação AMI, que combate a exclusão social e garante o acesso a cuidados de saúde em Portugal e no mundo.
Os convites para o ensaio geral solidário são trocados por um donativo mínimo de €12 e podem ser adquiridos através dos endereços de email do BUS, IPO de Lisboa, Fundação Champagnat e Fundação AMI.
A Companhia Nacional de Bailado estará acompanhada pela Orquestra Sinfónica Portuguesa, dirigida por Cesário Costa.
Os ensaios gerais solidários começaram há cinco anos e somam 15 mil espectadores. No total, já foram apoiadas 55 instituições e doados cerca de 220 mil euros.