O alerta para uma colisão entre um catamarã da Transtejo-Soflusa e uma embarcação de pesca, no rio Tejo, chegou à Autoridade Marítima Nacional pelas 17h05. Do acidente resultaram dois desaparecidos (ambos pescadores) e “dois feridos graves já recolhidos”, segundo a porta-voz do organismo.
Ao início da noite, o capitão do porto de Lisboa, Paulo Rodrigues Vicente, adiantava aos jornalistas que as buscas pelos dois desaparecidos que seguiam na embarcação de pesca iriam decorrer “até que seja possível”, tendo em conta a maré.
O “rio tem características muito especiais, não é mar aberto, a corrente tem uma forte influência no transporte de pessoas”, explicou o capitão-de-mar-e-guerra, que também comanda a Polícia Marítima de Lisboa.
Foi o mestre da embarcação de passageiros que fazia a ligação entre o Barreiro e Lisboa a dar o alerta, mencionando a colisão com “embarcação mais pequena”, com quatro ocupantes, que virou. Destes, dois foram resgatados junto ao cais da Margueira e assistidos pelos bombeiros de Cacilhas, um ferido com gravidade e outro com ferimentos ligeiros. Ambos foram transportados para o Hospital Garcia de Orta, em Almada.
Segundo o capitão do porto, um helicóptero da Força Aérea foi “acionado cerca de 40 minutos após o acidente” e as buscas vão prosseguir tendo também em conta as “tabelas normais de sobrevivência na água”.
Paulo Rodrigues Vicente adiantou ainda que nas operações de mergulho foram encontrados “uma ganchorra e vários apetrechos de pesca” que podem indiciar que os pescadores “iam para a prática da apanha da amêijoa”.