Começou por responder pelo nome de Salon International de la Haute Horlogerie (SIHH) quando foi criado, em 1991, porque a Cartier, a Baume & Mercier, a Gérald Genta, a Daniel Roth e a Piaget decidiram fazer uma espécie de mostra ultraexclusiva das suas coleções. Só entravam no certame profissionais do setor – ou jornalistas –, e todas as peças eram praticamente inatingíveis, sobretudo pelo fator preço. Hoje em dia, continua a ser uma atmosfera de exclusividade que se respira na Watches and Wonders – a designação com que, em 2022, a feira internacional foi rebatizada, agora está sob a alçada da Watches and Wonders Geneva Foundation (WWGF).
Estamos, 23 anos depois, a falar de uma mostra significativamente maior do que aquela que lhe deu origem. Alguns números, para que possamos ter a noção da dimensão: durante seis dias, as 54 marcas presentes – e já foi anunciado que vão ser mais, em 2025 – viram passar pelas montras mais de 49 mil visitantes. Desses, 1 500 foram jornalistas de mais de 125 países. Houve 5 700 retalhistas a passar pelo Palexpo, um espaço onde 75 mil metros quadrados acolheram a iniciativa para a qual foram vendidos 19 mil bilhetes – a abertura ao público é algo relativamente recente, e a generalidade das pessoas só tem o privilégio de acudir à meca da relojoaria nos últimos três dias dos sete que dura a Watches and Wonders.