Depois de Vasco da Gama ter conduzido as naus São Gabriel, São Rafael e Bérrio no tão ambicionado caminho marítimo para a Índia, no final do século XV, Portugal passou a enviar uma armada rumo àquelas latitudes, com periodicidade anual, assim estabelecendo uma rota comercial alternativa à terrestre, mais longínqua e perigosa, para as riquezas do Oriente chegarem à Europa.
Em 1505, a caravela São Jorge arrancava de Lisboa ainda os marinheiros não sabiam responder a instruções tão simples como bombordo e estibordo. O improviso tomou conta do navio. Por ordem do capitão, João Homem Godinho, a nova designação para bombordo (esquerda) passaria a ser “cebola”, enquanto estibordo (direita) passaria a chamar-se “alhos”, com cada lado da caravela devidamente decorado com exemplares da respetiva planta a ele associada, para não sobrarem confusões.