Nasceu no Quebeque, em 1947, e cresceu numa família católica de origens irlandesas, o que talvez explique, diz, porque se interessa tanto pelas estruturas de poder. Em 2006, com Villa Air-Bel, um livro sobre uma casa onde, durante a II Guerra Mundial, foram acolhidos artistas perseguidos pelo regime nazi, em Marselha, venceu o Prémio de História do Holocausto da Sociedade Canadiana para o Yad Vashem. Mais recentemente, em 2015, publicou A Filha de Estaline, uma biografia sobre Svetlana Alliluyeva que está traduzida em português. Agora, aceitou passar a escrito toda a investigação da Equipa do Caso Arquivado e, a partir de Toronto, falou com a VISÃO sobre Quem Traiu Anne Frank?
Quando tomou conhecimento da investigação sobre Anne Frank, o que a surpreendeu?
A investigação começou em 2016, mas só em 2019 é que me perguntaram se eu gostaria de pô-la por escrito. Quando cheguei a Amesterdão, o que mais me surpreendeu foi a profundidade com que a pesquisa estava a ser feita. Ao conhecer a equipa, fiquei impressionada com a seriedade da investigação, com todos os materiais recolhidos através das entrevistas…