Escritora

Num livro que agora lançou, a escritora Esther Mucznik, uma das figuras mais conhecidas da comunidade israelita em Portugal, percorre três séculos da história da sua família, sempre sob o anátema do antissemitismo – que, para a autora, é “algo de inexplicável” e que “nunca se apaga”. Também se fica a saber que não se adaptou à vida em Israel, que andou duas décadas fora do “casulo” judaico, que enfrentou a polícia nas ruas de Paris, no maio de 1968, e que militou na extrema-esquerda maoista

Foi escritora, jornalista e defensora dos direitos das mulheres. E ainda antissalazarista, lutadora pela paz e pela liberdade – que dizia ser alimento indispensável ao ser humano. Fragmentos de uma biografia, na semana em que é inaugurada uma exposição inédita com fotografias suas

Enquanto os jornalistas homens tinham escoltas militares, elas trabalhavam sozinhas, correndo riscos inimagináveis, desafiando as ordens de quem não as queria na frente de combate da II Guerra Mundial

De uma irreverência assinalável e com um percurso em que sempre ditou as regras, a escritora orgulha-se de se ter reinventado a cada obstáculo, graças à escrita, à fé e à psicanálise. É hoje uma acutilante navegadora nas águas agitadas das redes sociais e não lamenta ter fechado a porta à política – ao contrário dos filhos

A autora do livro que dá conta da investigação vê semelhanças entre a atualidade e o tempo de Anne Frank

Uma mensagem para o futuro na edição 1500 da VISÃO