Se quer perder barriga e está farta de fazer abdominais, este livro é para si. “Perder a Barriga Sem Fazer Abdominais” é o novo livro da personal trainer Teresa Manafaia que conta com um plano de semanal, durante 5 semanas, para a ajudar a perder barriga através de exercícios alternativos aos abdominais e um plano alimentar. Logo na primeira semana, a autora do livro explica que a alimentação é bastante importante e responde a algumas dúvidas acerca dos alimentos. Selecionamos algumas respostas para si, ora veja:
O leite engorda?
“Não, o leite pode inflamar e não ser bem digerido devido à presença de uma proteína específica, a caseína, e também à lactose (muitos adultos produzem muito pouca lactase, a enzima que permite digerir a lactose). Logo, pode promover o inchaço abdominal!”.
Teresa Manafaia avisa também que, na sua opinião, não é saudável beber leite na idade adulta, uma vez que o leite é uma “secreção mamária destinada a potenciar o crescimento de uma determinada espécie”. No caso do leite de vaca, por exemplo, o leite contém hormonas destinadas a crias que atinjam a maturidade sexual por volta dos 2 anos, enquanto o ser humano só a atinge entre os 12-14 anos.
O glúten engorda?
O glúten inflama, pode fazer inchar a barriga, mas não engorda. No entanto, alimentos fornecedores de glúten podem engordar se forem consumidos em grandes quantidades. Mas os cereais sem glúten, por exemplo, também podem engordar.
“Neste livro fala-se de volume abdominal ou “barriga”: quanto menos glúten, menos inflamação, menor perímetro de cintura e de abdómen!”
O álcool engorda?
Sim, o álcool fornece 7kcal/g, enquanto o açúcar fornece 4kcal/g. “Se adicionarmos a energia de uma bebida alcoólica a uma refeição por dia, por exemplo, poderemos ter uma boa ideia do excedente energético semanal, que nos predispõe a armazenar energia sob a forma de gordura”, explica.
A personal trainer aconselha a evitar o consumo de bebidas alcoólicas. As exceções devem ficar reservadas às ocasiões de celebração.
Precisamos de comer gorduras?
Os ácidos gordos ómega-3, ómega-6 e ómega-9 são gorduras essenciais que precisamos de consumir. Contudo, se tivermos uma alimentação muito rica em fontes de ómega-9 (óleos alimentares, carnes de aves de aviário e peixes de aquacultura, cereais e sementes), mais facilmente ocorrerá inflamação.
A especialista em composição corporal recomenda o consumo de peixe gordo selvagem – sardinha, cavala e salmão – para fornecer ácidos gordos anti-inflamatórios, que reduzirão a inflamação.
Quais os alimentos inflamatórios?
“Para além do trigo, do centeio e da cevada, ricos em glúten, há outros alimentos com antinutrientes que podem inflamar a mucosa intestinal e prejudicar a absorção de nutrientes nobres, como os minerais. Por exemplo, os fitatos e oxalatos, muito comuns em alimentos de origem vegetal, interferem negativamente com a absorção de cálcio, magnésio, ferro e zinco. A melhor forma de inibir a sua ação é através da demolha e da cozedura”.
Os fitatos podem ser encontrados em linhaça, soja e farinha de soja, tofu e amendoim. E os oxalatos podem ser encontrados no espinafre, beterraba, cacau e chocolate, chá preto, café, canela moída e batata-doce.
Existem alimentos anti-inflamatórios?
Os vegetais da família das brássicas quase não contêm oxalatos e são uma excelente fonte de cálcio e outros minerais. Os bróculos, couves, agriões, rúcula e nabiças são alguns desses vegetais.
O que são alimentos detox?
“São alimentos naturais que contêm substâncias que ajudam a diminuir a inflamação (…). Incluem-se os vegetais, as frutas, as gorduras saudáveis, as gemas de ovo, etc. Todos os alimentos que contêm vitaminas e minerais que participam da desintoxicação hepática. Até o fígado (as iscas) é detox! Para que saiba, o fígado de animais saudáveis, criados em pasto e sem medicamentos, é uma das melhores fontes de vitaminas e minerais que atuam na desintoxicação hepática.”
Um alimento detox pode ser uma planta comum, sem adição de venenos, um órgão animal saudável, uma gema de ovo de galinha, um abacate e algumas plantas como o cardo-mariano, a alcachofra e o dente-de-leão.
