“Os primeiros cinco minutos foram bons, depois tornaram-se num pesadelo”. Liz teve um orgasmo tão longo que foi parar ao hospital. Quando a maratona de três horas chegou ao fim, Liz nem queria acreditar que tinha finalmente acabado.
Os médicos perguntaram-lhe se estava sob o efeito de drogas. Não estava. E o mais grave é que o problema persistiu. Liz consultou vários especialistas mas estes não sabiam o que fazer.
Liz começou a ter orgasmos indesejados em qualquer momento do dia. “Começou a acontecer-me sempre, enquanto assistia televisão ou caminhava na rua”, contou.
Com medo de passar vergonha em situações públicas, Liz tentava suster a respiração para parar os espasmos. “Caminhar durante um orgasmo é como andar em gelatina”, explica.
“Eu não controlava a minha vida. O meu corpo controlava por mim”, contou Liz. A americana chegou a ter 12 orgasmos espontâneos por dia e não podia fazer nada para os evitar. Tomou anti-histamínicos e um copo de vinho por dia para tentar controlar o corpo. Sem sucesso.
Perante esta situação de stress diária, Liz sentia-se em baixo e os médicos identificaram erradamente a causa do problema como depressão.
Liz tinha afinal um trastorno bipolar, mas foi tratada com antidepressivos, uma substância que agravou a sua condição. Os antidepressivos contêm dopamina, adrenalina e serotonina, hormonas associadas ao prazer.
Para manter a disfunção multi-orgásmica sob controlo, Liz terá que tomar ácido valpróico para o resto da vida, um antiepiléptico.
Liz demorou cerca de cinco meses a recuperar o controlo. “Provavelmente terei que tomar medicação todos os dias, para o resto da minha vida, mas não tenho medo. Tenho uma vida sexual muito feliz e já não tenho de viver com medo.”