Quando Sarah tinha oito meses, os pais começaram a reparar que um dos lados do seu rosto estava a ficar mais inchado, até que descobriram que a menina herdara da mãe uma doença genética que provoca o aparecimento de tumores nos tecidos que circundam os nervos. É uma neurofibromatose tipo 1 (NF1) e, apesar de benigno, o tumor causa fortes dores de cabeça e visão turva, e pode provocar a deformação de várias partes do corpo.
Toda a vida, Sarah foi vítima de bullying, tanto na escola, como na rua. Mas, segundo explicou ao canal de televisão americano ABC News, o inferno começou quando, aos 10 anos, começou a ser chamada de “cara gorda” na escola. Apesar de tudo, Sarah conseguiu ultrapassar a depressão e, para que as pessoas tentassem compreender o que sente, publicou um vídeo no Youtube. “Tenho um tumor, é só isso… E as pessoas não entendem” foi a principal ideia transmitida no vídeo.
A grande repercussão do vídeo levou o canal Discovery Health and Fit a convidá-la para um programa especial, que acompanha Sarah em mais uma cirurgia para tentar minimizar os danos provocados pelo tumor. O programa, que vai para o ar a 18 de dezembro, irá contar toda a sua história.
“Foi muito bom”, admitiu a jovem canadiana. “A maior parte do tumor foi retirada, exceto um pouquinho perto dos olhos, mas o médico não tem a certeza se voltará.”
Decidida a manter-se positiva, Sarah Atwell começou a escrever poemas e tornou-se voluntária numa escola primária perto de casa.