“Se não agirmos agora, qualquer um de nós pode ir ao hospital, dentro de 20 anos, para uma pequena cirurgia e morrer por causa de uma infeção vulgar que não se consegue tratar com antibióticos”. Sally Davies não poupa nas palavras para descrever o cenário que considera real dentro de alguns anos, caso não se desenvolvam novos antibióticos.
A responsável sublinha que apenas meia dúzia de novos antibióticos foram desenvolvidos e comercializados nas últimas décadas e que se vive, por isso, uma corrida contra o tempo para criar mais, à medida que as infeções bacterianas evoluem para “superbactérias”, resistentes aos medicamentos existentes.
Atualmente, uma das mais conhecidas “superbactérias”, a MRSA (sigla inglesa para Staphylococcus aureus resistente à meticilina) estará a matar anualmente cerca de 19 mil pessoas nos Estados Unidos – muito mais que o VIH – e um número semelhante na Europa.